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Sessão de õ de Ayoslo de 1920

Peço a V. Ex.n as providências necessárias para ser satisfeita a requisição.

Outro assunto: Quando eu fazia parte da comissão do Ministério dos Abasteci? mentos, foi presente a essa comissão uma reclamação dum indivíduo do Entroncamento para lhe pagarem um vagão de farinha que tinha fornecido em 1918 à fábrica oX Nova Companhia Nacional de Moagens; peis^ató hoje, depois do homem ter vindo várias •>vezes a Lisboa, não lhe pagaram. '\_

Chamo a atenção de W^Ex.a para este facto. Se o Estado faz requisições é preciso que as pague.

Outro, assunto : Sou informado de que na Beira, a minha terra, se está vendendo batata a 5$ e 6$, estando essa batata ainda na terra.

Peço providências para este caso, pois anda nele metido o assambarcador.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo)^ — Sr. Presidente: ouvi as declarações que acabou de fazer o Sr. Tavares Ferreira, sobre o fornecimento de açúcar à Câmara Municipal da Golegã, e sobre o assunto eu tonho a dizer o seguinte:

Quando tomei conta do Ministério encontrei apenas 1:000 e tantas toneladas de açúcar, sem esperança que da África Ocidental viesse para Portugal qualquer outro fornecimento antes do mês de Outubro, a n3o ser umas 300 toneladas que se encontram em Angola, o que, como V. Ex.il vê, é muito pouco.'

Muitas câmaras municipais tinham feito as suas requisições, e algumas delas já pago, mas, como só tinha esse açúcar, dei ordem pára que fosse assegurado o abastecimento dos hospitais, casas de caridade o asilos, sendo às juntas de paróquia distribuído por racionamento. Encontrei a situação assim, e tive de fazer o racionamento, para todas as câmaras municipais do país, como, por exemplo, a de Coimbra, que já tinha pago dez vagões e recebeu apenas 27:000 quilogramas.

Quanto à Câmara Municipal da Gologã, ser-lhe-há dada a -parte que lhe couber pelo racionamento'.

Relativamente à reclamação feita, por o Estado não ter pago um vagão de farinha, eu devo dizer que ainda me não foi

presente processo algum nesse sentido, nem sei o nome do reclamante; no em-tanto, logo que esse processo me seja apresentado, eu despachá-lo hei, conforme for de justiça.

Reforiu-se também V. Ex.a a azeite, e sobro este- assunto devo dizer que o que se dá com esto género dá-so com todos os outros géneros; é preciso, de facto', tomar providências a ôsse respeito, e aguardo apenas que a proposta ontem aprovada nesta casa soja discutida no Senado e transformada em lei, para tomar as urgentes e enérgicas medidas que o caso requere.

ter respondido satisfatória-de V. Ex:a

Tenho «dito.

O Sr. Raul Tamagnini:—Sr. Presufei* to: pedi a palavra para proguntar ao Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura se tem conhecimento de um facto anormal que se passou na província de Trás-os-Montes.

S. Ex.a decerto não ignora que o azeite, em muitas terras do país, se está vendendo por altos preços, muito especialmente na cidade do Porto, onde, durante a semana finda, se esteve vendendo à razão de 2$50 cada litro.

No em tanto, ou tenho conhecimento de que em Mirandela foram requisitados no mês de Junho, pelo governador civil de Bragança, ao preço de $70 o litro, 100 cascos de azeite para a delegação dos abastecimentos do norte. Porém, numa carta publicada há dias no Jornal de Notícias, S. Ex.n declara que não requisitou 100 cascos, mas apenas 60.

Todavia, o que pos^o garantir a V. Ex.a, porque assim o declarou o delegado dos abastecimentos do norte, é que à cidade do Porto não chegaram os 60 cascos, mas apenas 33, o que, como V. Ex.a sabe, é insuficientíssimo para 'o abastecimento da segunda cidade do país. Mas há mais.