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Diário-da Câmara dos 'Deputado»

nunciar preciso referir-me às .declarações do Sr. Barbosa de 'Magalhães, porque, creio, houve má interpretação das minhas palavras, ou porventura não tive o condão de me fazer compreender.

Eu não disse que na Câmara se não haviam produzido declarações de desapoio ao Governo, porquanto -vários oradores criticaram asperamente a sua obra. Refe-ri-nae apenas ao facto do Sr. .António Maria da Silva dizer que lho retirava o seu apoio, declarando que não se tinham feito .acusações que merecessem a ;pena ser consideradas .para o efeito do Governo sair daquelas cadeiras, e .foi por isso que apresentou uma moção dc0confiança.

Sr. Presidente: eu julgo necessário marcar bein claramente a atitude do partido que represento e firmar a minha opinião no princípio da ordem, dizendo ao Governo que fique. Mas felicito-me, e principak eate o partido, que nesta Câmara represento, porque tive o prazer de ver reproduzidas integralmente as .palavras do meu curtíssimo discurso na moção, de B. Ex.a

É por isso que eu voto com todo o prazer essa moção, e reqneiro a"V. Ex.a, Sr. Presidente, para que consulte a Câmara sobre se consente que retire a minha .moção. Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. João Camoesas:—Sr. 'Presidente: propositadamente se quis fazer um •equívoco, que as palavras inteligentes -do Sr. Brito Camacho inteiramente desfizeram. :E, nem doutra maneira podia ser, porque não podemos admitir a 'peregrina teoria de que a vida parlamentar de um Governo depende da 'sua composição^ e não de uma e outra casas do Parlamento.

Eu não sou homem de "direito, mas, a curtíssima erudição do meu apoucado co-nhercimento, faz com '-que apresente a V. Ex.a a tremenda incongruência que semelhante teoria, a'-ser adoptada, representava .de facto.

A sittiação do Partido Republicano Português é claTa, corajosa e desassombrada. O Governo, que ali se-encontra, não corresponde à gravidade da situação que atravessamos. 'Mas, desde -que ali tem de estar um Governo mau, que esteja •ôste, -mus não se tOTne'mester lobrigar um -partido & colaborar com ele.

.Nós não queremos as responsabilidades do Governo, mas lambem não fugiremos às dificuldades de momento.

Aqui nos -encontrarão para-votai- o Orçamento Geral do .Estado e para votar as medidas de finanças e medidas económicas que ainda -não foram votadas não por nossa culpa.

Aqui estaremos não para assumir as responsabilidades .das ideas dos outros, mas para. que cada um partilhe das responsabilidades das suas próprias ideas.

O meu partido entende que não precisa de estar .no Governo para governar; as nossas ideas estão bem expressas .na moção do Sr. Barbosa de Magalhães.

O orador 'não reviu.

O Sr. Presidente: — Nos termos do artigo 115.° do Regimento -é a moção do Sr. Barbosa de- Magalhães que vai -'S"er votada. Está à votação.

s

O Sr. Nóbrega Quintal:—:Requeiro a votação nominal para essa moção. Foi rejeitado o requerimento,

O Sr. Nóbrega Quintal:—Requmno a •contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.° do Regimento.

Procedeu-se à contagem.

O :Sr. Presidente:—Estão sentados 16 -Srs. .Deputados e em pé '51. Está rejeitado o requerimento do Sr. Nóbrega do Quintal.

É lida a moção 'do Sr. Barbosa de Ma-yalhães e -aprovada.

O Sr. 'Presidente aVívIinisterio (António Granjo) :• — Pedi ,a palavra para dizer -à Câmara, pela terceira vez, que vou informar o Sr. Presidente da Republicando que se passou"na sessão de hoje.

O Sr. Presidente:—A Aproxima .sessão ó .amanhã à nora -regimental com ia seguinte • ordem do dia:

Eleições de.l vogal-para-a 2.a e au,tro para a 3.a .comissao-.de verificação de poderes e ordem do dia da sessão -de .hoje.

Está-en'cerrada. a-sessão.