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mesma maneira, também, com toda a sinceridade verifico que nenhuma das daas cláusulas colido com a outra.

O Orador:—Há duas cláusulas.

O Sr. António Fonseca (interrompendo}:— Com a circunstância de que uma fala para uma forma de pagamento e a seguinte para outra.

O Orador:—O que é claro é que esta «cláusula fala para as duas formas de pagamento.

O Sr. António Fonseca: — O contrato diz — e. eu sei já as suas cláusulas de cor, porque só assim se pode discutir convenientemente um contrato desta natureza— que o pagamento será feito, primeiro, em cheque sobre Londres, acrescentado depois de um terço, na ocasião da chegada do carregamento; e como vem depois unia outra que diz muito expressamente que a época do pagamento desses dois terços é quando da apresentação da factura são legítimas todas as dúvidas a respeito do. assunto.

Mas, se não é assim que se vai proceder, está bem.

O Orador:—Não é só a minha afirmação que pode dar esse convencimento a V. Ex.a, há mais alguma cousa. ..

O Sr. António Maria da Silva: — V. Ex.a dá-me licença?

O Sr. António Fonseca tem carradas de razão.

Numa primeira parte do contrato diz-se uma cousa; ,;porque é que na outra parte se não diz também alguma cousa que se «entendesse com o que diz a primeira parte ?

Desde que não se pôs isso, há lugar para dúvidas, pela nossa parte, que não fizemos o contrato. E tanto assim que S. Ex.a empregou a palavra esclarecimento, e o Sr. Ministro das Finanças veio em reforço de V. Ex.a

O Sr. Ministro das Finanças (Inocôncio Camacho): — Compreendem V. Ex.!ls que haveado, alem das duas partes aqui citadas,, o contratante o o Estado, os Bancos,

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algumas convenções se tinham de fazer com eles...

O Sr. António Maria da Silva:—

O Sr. Ministro das Finanças (Inocêncio Camacho): — Sim, senhor.

.0 Sr. Vasco de Vasconcelos:-7-São justificados os reparos.

O Sr. Ministro das Finanças (Inocêncio Camacho): — jMas feitos nos termos em que agora foram feitos!...

O Sr. Vasco de Vasconcelos:—É lhor não falarmos nisso.

me-

0 Orador: — Sr. Presidente: assentemos, portanto, que se trata duma questão de redacção. E sobre questões de redacção* muitas outras objecções, porventura, se poderão levantar, especialmente por parte de quem esteja habituado a tribunais e sabe as chicanas, a variedade de critérios, que tanto usam advogados e juizes para a interpretação de contratos." Portanto, tudo se resume numa questão simples de redacção.

Quanto à natureza da operação não vejo outras divergências que não sejam relativas à forma como ò contrato está redigido.

Feitos os cálculos, Sr. Presidente, verifiquemos a situação do Estado com respeito aos juros.

Eu tenho no segundo semestre 965 contos de juros que me podem servJr para eu os empregar nos fornecimentos que vierem.

Ponhamos nisto uma certa ordem, tanto mais que isto não tem nada de extraordinário.

Diversos apartes.

Sr. Presidente: mal ou bem ponho a questão e abono-me, neste assunto financeiro, nas informações que recebi do Sr. Ministro das Finanças e na letra do contrato. (Apoiados).