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era muito mais limitado do que lioje, porque então havia abundância de carnes e várias gorduras barata» para a cozinha.

A preferência do azeite estrangeiro paira conservas resultava da imperfeição dos nossos azeites quo eram apenas sumo de azeitona, sem mais outra qualquer preparação.

Hás com o tempo, já realmente- os processos dos lagares tem sofrido aperfeiçoamentos modernos, a- ponto de já produzirem um azeite de primeira, que permite que os comerciantes de conservas prefiram o nosso azeite fino, que lhes sai mais barato que o estrangeiro.

Temos, pois, uma diminuição grande na produção e um aumento excepciona) no consumo.

Além desta desproporção, temos também a questão da azeitona.

A manifestação obrigatória, só do azeite fabricado, não c bastante, porque o produtor dá conta do azeite fabricado, mas oculta a azeitona que lhe proporciona um lucro muito superior..

Vejamos o valor do azeite para venda em Portugal, conhecido pelas últimas estatísticas.

350:000 hectolitros na mão do lavrador, vendidos em média a lê o litro», representam 35:000 contos, mas passando para a mão do comerciante, logo ficam a representar 140:090 contos,, vendido o azeite em média a 4$.

Dá assim, um ganho de 105:000 coatos ou 300 por cento.

Ainda o azeite passa da mão do produtor para o vendedor por meio dos intermediários, o que faz com que a veiida seja mais cara.

Vejamos agora o valor vendável da azeitona.

Uma carr&da de azeitona tem 40 arrobas, ou sejam 600 quilogramas, e dá, conforme a sua qualidade, em média 90 litros, de azeite, a não ser quando por acaso ela seja pouco grada, que então não dará mais que 66 litros de azeito.

Assim a- módia, da proèkção será

A9 azeitona exportada para Espanha ó voadida ao preço do 1$, o «jne significa que- o espanhol dá cerca de «ima poseta per ILEI q;ii!cgFac:a dia £.3eitona, visto

H~2 pSSCtf.

Diário da Câmara, aos Deputada»

Compreende-se bem como nestas condições é favorável a venda da azeitona para Espanha.

O Sr. Presidente: — Previno V. Ex.a que terminou o tempo em. que podia usar da palavra.

O Orador: — Não desejo tirar muito-tempo à, Câmara, mas como quero m-an--dar para a Mesa um projecto, desejaria ainda fazer algumas rápidas considera--coes sobre o assunto.

Vozes : — Fale, fale.

O Sr. Presidente: — Em vista da manifestação da Câmara, pode V. Ex.a continuar no uso da pafavra, mas peço o favor de abreviar as suas óonsíderaçõ'es.

O Orador: — Não levarei rntáto mais. tempo.

Teoricamente o lavrador tem todo o interesso em vender a azeitona para Espanha, livrando-se do trabalho de lagara-gem, transportes, envasiliamenío, etc.

jEnfirn, tem tudo a ganhar em receber lê por litro de azeitona, ou srja 7$50 pela azeitona equivalente a um litro de azeite, que para ele não rende mais do qti&-•lê ou 20!

Se não tratarntos de impedir a saída dá azeitona de Portugal, achar-nos hemos em breve em situação igual àquela em qute nos encontramos com a cortiça & borra-'chá.

Exportamos cortiça e/ importámos' òs-artèfaetoB do cortiça..

O mesmo sucede com a borracha. - E o 'Cfúí) virá a acontecer com o azôite.-

j Exportamos azeitona o teremos depois de importar o azeite !

Dou por terminadas as minífas conside--rações1, mandando para a Mesa. ê'ste projecto de lei, para o qual peço simples1-mente a urgência.

O S-r. Presidente : — Consulto a Câmara sôbr© a urgência pai°a o projecto de lei apresentado polo Sr. Ladislan Bata--

Foi aprovada a

O Sr. ESóásSi?® do ZaSêsli& drosa); — Faço uso da palavra apen