O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

de 4 de, Novembro ih 1920

11

Mas a par disso chegavam telegramas de diversos funcionários pedindo a detnis-sílo por absoluta incompatibilidade com .alguns elementos çla colónia.

Por consequência, se alguém tiver de .me censurar, é só pelo facto de ter demorado tanto tempo a demissão do Sr. V;elez.

Mas, mesmo, se assim procedi, é, porque não encontrei logo um governadpr próprio para a província e queria que para lá fosse um indivíduo da metrópole.

Creio que ninguém sendo Ministro das Colónias e respondendo-lhe um governador que não revogava actos que tinha praticado ilegalmente, teria deixado de seguir o caminho que segui: exonerá-lo imediatamente.

Para a substituição, já que não ora íácil ir alguém da metrópole, havia um homem na colónia, que é uni velho republicano, •oficial superior dti meirinha, e que naquela província não tem outros interesses, senão os quelhe advêm dasua.protissão de médico.

Sondo tam limitado o número de funcionários na colónia, eu entendi que fiz bem, substituindo um governador que não •cumpria com as suas obrigações, por uni oficial superior de marinha, que é respeitadíssimo na colónia. (Apoiados}.

Houve quem protestasse contra a nomeação do Dr. Eduardo cie Lemos e contra a exoneração do Sr. Velez.

O ajudante de governador seguiu o caminho que devia seguir: pÔ-3o fora da sala e mandou-o prender.

Era só o que devia fazer.

Devo dizer aos Srs. Deputados que se previnam contra os telegramas enviados -a S. Ex.as sem que se saiba a posição so-•cial de quem o envia, para que no Parlamento, é esse o intuito, se levantem ques-.tõcs que desprestigiem o governador e o •coloquem mal.

Os jornais publicam telegramas que n^uitas vezes, são enviados por entidades cuja situação não ó conhecida, pretendon-do intervir por essa forma na. administração colonial, conseguindo o desprestígio •da primeira autoridade da colónia.

Será lógico e razoável tomar informações directas antes do proceder-se.

São indivíduos que pelo simples facto cie os poderem pagar, os enviam.

O Sr. Yasco de Vasconcelos:—Touho conhecimento especial, pelo simples facto

j do ter estado alguns anos nas colónjas, i de pessoas, algumas das quais têm enVia-' do telegramas.••> i São muito do meu conhecimento, e têm

i tido cargos republicanos.

i

; O Orador:—Podem ser republicanos o j não terem categoria, não terem-razão.

• Nao ó o simples facto de se declararem ! republicanos que lhos dá o direito de 1 poderem intervir por essa forma.

A ordem é absolutamente necessária nas colónias.

Mas, meus senhores, trata-se dum lacto concreto.

Se qualquer Sr, Deputado.tivesse como Ministro de tomar resoluções, perante factos concretos, procederia nestas circunstâncias.como eu procedi. .Tenho dito.

O discurso será publicado na integra quando o orador haja devolvido, revistas, as notas taquigráficas.

O Sr. Presidente:—Está cm discussão a acta. Pausa.

O Sr. Presidente :—Como ninguém pede a palavra, vou pôr a acta à votação. Foi aprovado.

O Sr.. Presidente: — Vai entrar-se na

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: — Continua cora a palavra o Sr. -Presidente do Ministério.

O Sr. .^Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — Sr. Presidente: creio terem ficado nas

• considerações que ontem fiz, bem desfeitas as apreensões o recoios por uma parte da Câmara aprosentndos em relação a certas cláusulas do contrato.

J5u quoro que tiquo tye,in assente que as conv.en.co.os com o Banco Ultramarino e IJanco de Portugal não esta,p assinadas e .nessas convenções quaisquer dúyidas (jue se levantem sobre pontos de discussão serão esclarecidos do modo absolutamente inequívoco e. claro para todos.

Ficou, pois, assento a forma dos pagamentos.