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Em terceiro 'telegrama do tenente-corb-riel Sr. António Velez pedia este senhor a demissão dê' altos' funcionários da colónia, não dizendo factos' concretos prova-" dos em que se baseasse para pedir essas demissões, e alegando apenas que não eram republicanos e eram inconvenientes para o regime^

Eu não podia demitir por mero telegrama, sem' dados concretos, os funcionários das colónias só porque esse senhor os dizia" inconvenientes pára a colónia.

Pedia a demissão do juiz e delegado.

Eu não podia determinar-me só pelo pedido desse governador que aí estava há dois dias, e só" porque esses funcionários faz icim" política contra o governador. Nem demitir5 nem transferir: não o quis fazer.

O Sr. Presidente: — Chamo a atenção de V. Ex.a É hora de se passar à ordèrh do dia.

O Orador: — Tenho obrigação de responder ao ilustre Deputado, Sr. Orlando Marcai.

Vozes: -Fale, falo.

O Orador': — O quarto telegrama ó a comunicação, de que o funcionário cuja demissão havia já pedido, não o tinha ido cumprimentar no. dia 5 de Outubro.

Estão V. Ex.as vendo o que fazia este senhor.

O delegado Sr. Dias" Costa rõquereu para ir à junta de saúde, por que se encontrava doente.

A junta declarou que podia' partir porque realmente se encontrava doente.

Num telegrama declarava-me o governador que esse funcionário não estava doente porque apenas" tinha 37° de febre, e que devia ser transferido, porquê tinha apenas 37° de febre, o quê não era

Vejam V. Ex.a como -era a justiça deste senhor.

Isto pode ser?

Mas, não parou aqui p tenente-coronel Sr. António Velez.

Em 'certa' altura não reuniu ò Conselho do Governo, comunicando que devia téí" sido demitido 6ssé' Cò'tíselho'; lançVú' impostos na col6ma, dizendo ({lie erani o's:

Diário da Câmara dos Deputado

comerciantes que não queriam pagar, e quê'ele, por aquela forma, os havia obrigado a pagar.

Nenhum governador, sem o voto dos Conselhos do Governo; pode decretar.

Os Conselhos continuam em vigor, até serem substituídos.

Devem, pois, ser ouvidos.

Eespondeu-me S. Ex.:v que ficava desprestigiado se tivesse de anular os portarias que legalmente havia feito. Mas nãa se contentou com isso, e havendo um documento que regulava as horas de trabalho das alfândegas, S'. Ex.a foi a ele e cortou-lhe uma hora, prejudicando assim a carga e descarga dos navios, e por conseguinte a economia da colónia.

Não ó tudo, porém!

S. Ex.a provavelmente com esses mesmos operários a quem beneficiou", cortando lhes uma hora no dia de trabalho, promoveu uma manifestação pedindo ao Governo o desterro de todos os funcionários1' que o Sr. Vi dez apontava, e que, naturalmente, não eram da sua simpatia, e pedindo a conservação do Sr. Velez no cargo de governador, ali recemchegado e que-não conhecia ninguém.

Eu recebi então pedidos do agricultores-e proprietários.. .

O Sr. Augusto Dias da Silva:—Os pobres da província'. ..

O Orador':—Pobres e ricos!

O'Sr. Dias dá Silva:—Aqueles que não-querem pagar para o engrandecimento da colónia...

O Orador:—Não há maneira de V. Ex.\ com' o' sou diálogo, me impedir de dizer o que tenho' a1 dizer.

Requeira V. Ex.!l a generalização do debate, e eu1 estou pronto a aceitá-la. (Apoiados). '

Mas, dizia cn, chegavam' a Lisboa telegramas de agricultores e" proprietários de S. Tomé, pedindo que por qualquer preço-só lhes assegurasse- as propriedades contra' assaltos1 e tumultos.