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Essa comissão tinha lançado novos impostos, contra o que a população tiiika reclamado, havendo o !Sr. governador da província ordenado ao Sr. governador do distrito que os suspendesse.

O governador do distrito, que é um homem criterioso, segundo informações que me deram, informou que tal não podia fazer, visto esses impostos terem sido ordenados pelo Tribunal Administrativo da província.

Entretanto o povo do distrito dirigiu-se à câmara municipal impondo a suspensão dos impostos, chegando a serem agredidos vários vereadores, depois do que se encaminhou para a residência do governador, sendo a meio do trajecto impedidos de o fazer pelas forças de cavalaria, efectuando-se, então, várias prisões, que não foram mantidas.

Seguiram-se depois vários ataques ao governador, em jornais e em discussões acaloradas, dando lugar a actos do governador geral para os quais foi solicitada a minha atenção por vários Srs. Deputados e Senadores.

Telegrafei ao Sr. governador deLoan-da pedin«lo informaçães; mas apesar da minha insistência — com a qual aquele senhor se chegou a molestar, pedindo a demissão — elas só chegaram muito mais tarde.

Entreguei o processo ao Sr. Comissário do Governo, Norton de Matos, e este Sr. quer em face do próprio processo, quer em face das informações da câmara municipal — que já tomou posse — tem tido naturais dificuldades em se pronunciar sobre o caso, embora haja acusações pessoais contra acções que ele cometeu na colónia.

Deseja S. Ex.a o Sr. Norton de Matos colher informações directas, porque não vá o Governo exonerar um governador, desprestigiando a autoridade que é indispensável ele tenha, criando assim uma situação que seria bom definir para o novo governador.

Como a decisão a tomar sobre o assunto deve ser muito ponderada e criteriosa, S. Ex.a reserva-se para, quando chegar àquela província, tornar as necessárias providências, quer ©Ias importem a demissão do governador, qraer elas importem a reintegração dos funcionário? traias

l Ho emtanto, peço a V. Ex.a, caso tenha qualquer iuloiuinção sobre o caso, a transmita ao Sr. Alto Comissário, a fim de o habilitar a indagar do que se passa.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Domingos Cruz (para explicações) : — Pedi a palavra apenas para agradecer ao Sr. Ministro das Colónias as explicações que acaba de dar. Espero que S. Ex.a interceda junto do Sr. Alto Comissário, para que se proceda a inda"-guções exactas, pois não desejo de forma alguma ser injusto para o Sr. governador, por não ter conhecimento preciso dos factos.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Viriato da Fonseca: — Sr. Presidente : li há dias nos jornais qne S. Ex.a o Sr. Ministro das Colónias tinha dado ordem ao governador de Moçambique para que o milho e o açúcar, que tenham de ser exportados, venham de preferência para a metrópole, e que idêntica ordem havia sido dada ao de Angola, dando preferência á Ilha da Madeira.

V. Ex.a sabe qual a tremenda crise por que Cabo Verde está passando. Ainda nílo há muito tempo, apresentei ao Sr. Ministro uma comissão de habitantes daquela ilha, que expuseram a enorme crise por que está passando Cabo Verde.

Assim, receando que as ordens agora dadas prejudiquem as que há tempo foram expedidas para que uma parte do milho de Angola fosse distribuído a Cabo Verde, peço ao Sr. Ministro para que elas sejam modificadas de forma a que seja fornecida àquela ilha a quantidade de milho indispensável para o seu consumo.

Desejo fazer também outra ratificação a S. Ex.a, e é a seguinte: