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Sessão de 11 de Novembro de 1920

corpo expedicionário do exército português enfileirou, à primeira voz, admirável e altivo num gesto pleno de simpatia, esse punhado de bravos denominados os oficiais milicianos. (Apoiados).

E doloroso reconhecer, porém, que, após a restauração do ideal republicano, •avassalado durante algum tempo por essa nota trágica que tanto perturbou os espíritos do verdadeiros .patriotas, e que passou por esta infeliz terra .como um cata-•clisnio de degradações, nada se fez orn proveito desses moços heróicos, dignos •da nossa veneração o do nosso afecto.

Devemos-lhe, em grande parte, o não termos de esconder o rosto de vergonha .ante a cobardia dos .que, tendo feito da farda o seu mester, se escoaram polas vielas sombrias da deserção, e, bem pelo -contrário, nos orgulharmos, mercê do seu porte galhardo, assinalando nessa guerra incomparável feitos brilhantes e inolvidáveis. (Apoiados).

Deste modo, Sr. Presidente, para não reeditar velhas expressões que nesta casa

É urgente e inadiável que se efective •o preito .devido aos que não hesitaram um instante em .marchar .para os campos •onde se travava a ingente batalha que ia decidir dos destinos do mundo, abandonando os seus lares e as suas .situações, •esquecendo interesses e bem-estar, num •enlevo de abnegação, de amor e fé patrióticos que enchem de nobreza uma.geração í8 formando um reduto inexpugnável onde sempre tremulou, ovante .e radiosa, a sacrossanta bandeira de Portugal.

Eles contribuíram, 'Sr. Presidente e "SrG. Deputados, -valorosamente para a inserção de mais uma página raaravilhosa na história épica dos nossos destinos. (Apoiados).

Roiterando-lhes, por isso, a expressão calorosa do meu maior entusiasmo, polo

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muito que o merecem, e dando inteiro apoio à proposta de V. Ex.a em nome do Partido Republicano Popular, que inscreveu no seu programa o pagamento dessa dívida do gratidão, faço votos para que a Câmara íiproveite esto ensejo como o .mais próprio e melhor de discutir e aprovar sem delongas o projecto de lei respeitante a esses intemeratos moços que singularmente se têm nobilitado em todas as causas que têm afectado a vida da Pátria e da República. (Muitos apoiados).

O Sr. 'Alves dos Santos: — Sr. Presidente : é com viva satisfação que, em no-mo do Partido Republicano Liberal, me associo às palavras que têm sido proferidas para comemorarem o segundo aniversário do armistício que pôs termo à Grande Guerra.

Sr. Presidente: não podia efectivamente a Câmara dos Deputados passar em silêncio esta data, porque, celebrando-a, dignifica-se a si e ao País e relembra a nacionais e estrangeiros que nós cumprimos honesta o honradamente o n~osso dever, colaborando, com o esforço dos povos aliados, para contrapormos à civilização germânica a civilização latina, auxiliados pela civilização anglo-saxónia.

Há quási cem anos que uma outra guerra se desencadeou, íorminando pelo Congresso deViena-em 1815,-e dessa data até 1918 podem bem aprcciar-se as vicissitudes que muitas vezos p-esforço do-homem segue na produção dôstes fenómenos sociais.

Em 1815 triuufou o cosarismo e depois de cem anos surgiu novamente a redentora liberdade das nacionalidades.

Comemorando esta data, símbolo do triunfo da liberdade, do direito, da própria humanidade, devemos também comemorar o heróico gesto que nos levou à comparticipação da Grande Guerra, gesto ôsse que, mantendo íntegras as nossas tradições de paladinos da Democracia, bastante nos dignificou.

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