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Seaeão de 15 de Novembro de 1920

Maria da Silva e o Sr. Presidente do Ministério. Mas esses sobro outra parte do debate.

Vozes: — Não, não é assim. Outras vozes : — É, é.

O Sr. Barbosa de Magalhães (para interrogar a Mesa):—Desejo preguntar a V. Ex.a se a Mesa tinha aberto inscrição especial quanto à primeira e segunda parte das declarações. Se assim foi, ninguém o sabia, e todos os oradores que pediram a palavra, fizeram-no para tratar da questão em conjunto; o Sr. Domingos ^Pereira pediu a palavra a seguir ao Sr. Álvaro do Castro, e acresce ainda que o próprio Sr. Presidente do Ministério está inscrito.

O Sr. Júlio Martins (para explicações}:— Sr. Presidente, quaudo nós, deste lado da Câmara, afirmamos que o debate eslava encerrado, foi porque disso estávamos plenamente convencidos. Porém, desde que o Sr. Domingos Pereira e o Sr. António Maria da Silva declaram que estavam inscritos, bem como o Sr. Presidente do Ministério, só nos resta aceitar as declarações de S. Ex.as

Tenho dito.

O Sr. Presidente: — Para evitar qualquer equivoco da parte da Mesa, na direcção dos trabalhos neste debate, vou fazer uma consulta à Câmara. É a única forma de remediar ôste inconveniente.

Já declarei que na Mesa estavam inscritos deis Srs. Deputados e o Sr. Pre-sidente do Ministério. Entretanto, para evitar equívocos vou consultar a Câmara sobre se está do acordo em que se dó a palavra aos oradores que estão inscritos ou a qualquer outro, ainda sobre o incidente de Santarém.

Foi aprovado o alvitre da presidência.

O Sr. Domingos Pereira: — Cuidará V. Ex.a que venho trazer qualquer cousa do novo a Ôsto debato, ora virtude do qual se prorrogou a sessão. Não, Sr. Presidente, nada tenho a trazer ao d.-bate.

Se acaso a palavra mo coubesse na altura em que devia ter usado dv'la, faria {vr;vm ditadas e,';i.e.nns- !

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ciência e pela minha visão dos casos políticos, e do incidente trazido a esta Câmara. Mas no seu seguimento, o debate tomou uma direcção que eu entendo que ó demasiadcimeute melindrosa, para me imiscuir nessas questões pessoais.

Vou terminar, por isso, as minhas considerações sem ter dito nada. Apenas quero dizer que da lição de hoje se tira a conclusão de que, a dez anos de proclamada a República, ainda não temos o suficiente cuidado para nos pouparmos uns aos outros, para fazer justiça a nossa fé republicana e vontade de servir o país e a República, e de só acusarmos os homens da República, quando haja razões que os forcem a entrar na cadeia para serem castigados pelos crimes que praticarem.

Felizmente, até hoje, a República tem saído absolutamente incólume das complicadas discussões de honorabilidade que temos feito aqui. Felizmente, que as diferentes questões que aqui têin sido trazidas têm deixado os homens atacados absolutamente tranquilos perante a sua consciência. Felizmente que, nenhuma dessas questões, como as águas de Rodam tantas outras, não tom deixado para os homens nelas envolvidos, senão uma certeza : é a de que podem continuar a pisar o terreno da Pátria Portuguesa, sem que ninguém possa acusá-los de terem prevaricado.

E indispensável termos mnito cuidado, principalmente aqueles que se sentam nessas cadeiras, ao apreciar os homens da República e ao criticar a sua acção, porquanto é preciso não esquecer que temos a obrigação de os erguer, porque erguen-' do-os nós erguemos igualmente a própria República.

O orador não reviu.

O Sr. Brito Camacho : — Em conformidade com as minhas declarações de há pouco, mando para a Mesa a seguinte

Moção

• A Câmara, considerando qne só a questão política, que rosnita das declarações do Sr. Presidente do Ministério, pode sor objecto de dobato em que recaia, como sanção parlamentar, uma votação, o ponderando que só consentiu que fosse consido-r.ido à parte ÍD iiuúdeato nessoa) mie s