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Sessão de lê de Novembro^de

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admitia que S. Ex.a julgasse que a aprovação da moção era uin acto desta casa do Congresso tendente a significar ao Governo que não tinha ,a sua conliança; isto ainda se entendia, o contrário, porém, é que não se entende, e estou certo que nem mesmo o Sr. Presidente do Ministério entende.

Transformar uma questão pessoal numa questão política, não, até para prestígio do Poder. •

Eu tenho o direito de dizer a S. Ex.a que lhe devia bastar a sua tribuna de Presidente do Ministério para dizer aos Deputados o que lhe aprouvesse, porque aqui teria a resposta que o caso comportasse; ir a Santarém fazer afirmações quer de/ carácter pessoal, quer doutra qualquer ordem, afirmações que envolvem censuras ao Parlamento, eu que já estive nessas cadeiras não seria nunca capaz de lazer semelhante cousa.

Estou certo de que, se não fosse a má disposição de S. Ex.a, faço justiça ao seu carácter, não teria feito tais afirmações.

Mal andou S. Ex.a em produzir nesta casa acusações ou insinuações sem dizer onde elas só dirigiam.

Disso S. Ex.a: «eu sou honrado, toda a gonte me acredita, inclusive todo o mundo, porêtn outras pessoas que falam por muito que digam ser honradas ninguém as acredita.»

Isto, Sr. Presidente do Ministério, é que não o acredita nem como homem de Governo, nem como republicano.

Eu. que sei o amor que S. Ex.'"1 vota à República, eu, que sei os sacrifícios que por ela tem feito, eu, que sói quanto a tem defendido em horas amargas, peco-lhe que não traga a paixão para o debate político, principalmente nesta hora em que estamos convencidos ,quo só unidos poderemos salvar a Pátria e a República.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Cunha Liai (para explicações) : — Sr. Presidente, são apenas duas pala-

Teiido o Sr. António Fonsoca levantado a questão pessoal, poderia ficar na consciência da Câmara a idea de que eu seria monos melindroso na apreciação do pontos de honra pessoal. Kntr.idu, ]io-

rêm, que, tomando as cousas aspectos que nos podem magoar, mas que não nos chegam a ferir, porque resvalam por nós como balas de papel numa couraça de ]' bronze, se não deve levantar mais a questão.

As palavras proferidas pelo Sr. Presidente do Ministério pouco me importavam; quereria apenas que a Câmara ficasse com a impressão —e isso torno a pedir para honra da mesma Câmara e do todos nós— que eu era incapaz de levantar questões de tal natureza.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Mem Verdial:—Sr. Presidente: está uina moção na Mesa; decerto todos os Srs. Deputados que a vão votar hão--de fazer de si para consigo a mesma pregunta que faço a mim próprio: <_ p='p' significado='significado' moção='moção' qual='qual' da='da' o='o'>

Tem-se debatido a questão pessoal e a questão política. Quanto à primeira, por mini considoro-a corno arrumada, a questão pessoal liquidou com as declarações feitas pelo Sr. Presidente do Ministério e pelos Srs. Deputados que se julgam atingidos por ela.

Desde este momento, eu não poderei, aprovando ou rejeitando a moção que está sobre a Mesa, ligar a ela qualquer significado que se prenda com a questão possoal que se levantou c que não tem de ser tratada por resolução desta Câmara. Eu considero-a sanada e não a considero demais, porque os próprios Srs. Deputados atingidos a consideram já liquidada.

Fica, portanto, a moção referindo-se unicamente às declarações do Sr. Presidente do Ministério relativamente à acção do Parlamento para com os Governos.

Quere dizer: às palavras que, segundo o relato dos jornais,- o Sr. Presidente do Ministério tinha proferido em Santarém, alegando que havia impossibilidade de fazer obra duradoura com o actual Parlamento.

Foram pedidas explicações a S. Ex.a

S. Ex.:i deu explicações. Mas o Parlamento pode considerá-las satisfatórias ou não satisfatórias.

A moção que está na Mesa diz? só a

memória nío me atraiçoa do momento,