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Sés f ao de lõ de Novembro de 1920

Sr. presidente do Ministério em Santarém uma questão política.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricu.tura (António Granjo) (interrompendo):— Não li ainda esse relato.

Apartes.

O que' é exacto ó o que eu disse aqui.

Apartes.

O Orador: — Isso não tem interesse, porque desloquei já a questão.

Eu não podia porém deixar de me referir ao relato do jornal A Pátria, visto na Câmara ter sido feita uma alusão sobro a atitude de quem se dizia ter estado incriminado num inquérito a que se procedeu.

Mas,,Sr. Presidente, o Sr. Presidente do Ministério com as suas palavras levantou aqui uma questão pessoal.

O Sr. Cunha Liai (interrompendo]: — Eu não desejo que na 'Câmara fique a impressão de que quiz desviar qualquer questão pessoal. As questões pessoais coloco-as sempre no lugar em que devem ser resolvidas.

Mas havia uma questão que na Câmara era necessário liquidar.

O Orador: — As minhas palavras não envolvera a menor crítica, e a todos presto a minha homenagem, mas como deputado, nesta Câmara, tenho o direito de revelar o meu -modo de ver.

Depois do iniciado o debate, foi apresentada uma proposta para que se liquidasse o incidente pessoal levantado, o qual, a meu ver, é impossível liquidar nesta Câmara, devendo lamentar que o Sr. Presidente do Ministério, que como Presidente do Ministério falou, quizesse derimir questões meramente pessoais, usando da sua autoridade de Chefe do Go vôrno. Isso ó que lamento.

A moção do Sr. Júlio Martins é inteiramente inaceitável, a meu ver, porque não liquida .o incidente pessoal, nem mesmo a questão política, que se podia fazer na discussão que está iniciada sobro a acção do Sr. Presidente do Ministério.

Aparte do Sr. Júlio Martins.

O Orador:—Eu não entro na apreciação das declarações do Sr. Presidente do

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Ministério, mas devo dizer que essas não são suficientes nem insuficientes. S. Ex.:i fez certas afirmações a propósito do Parlamento, afirmações que este pode ou não aceitar, mas isso não interessa absolutamente nada à vida da República nem do País; o que existe é uma situação inteiramente deslocada, porque estamos todos fora do seu verdadeiro lugar. O Sr. Presidente do Ministério, porque fez declarações que não deveria ter feito; a Câmara, ingerindo-se num debate onde nada tem que fazer.

Mas eu, como Deputado que preza não só a sua- honorabilidade, mas a de todos os Deputados que têm assento nesta Câmara, não podia deixar passa-r eua julgado, em nome do partido que nesta casa represento, a prática, a má prática de se ir buscar Deputados que foram integralmente ilibados de acusações em inquéritos parlamentares e outros inquéritos, para produzir a aproximação de factos ou ilações que o público possa tirar, quando em regra ele não está esclarecido sobre se esses deputados foram integralmentes ilibabos.

Isto é que eu não quero deixar passar em julg-ido, sem lavrar o meu protesto, contra esse processo de fazer política ou de discutir opiniões ou actos, e desejo ern nome dos meus correligionários que o partido não fique ligado a uma política que todos combatemos o temos combatido com todas as nossas forças.

Eu tenho muita dificuldade, como a Câmara a terá, de liquidar e mesmo sair deste desgraçado incidente. Não precisamos aqui produzir nenhuma espécie de declarações quanto à honorabilidade dos dois deputados visados polo Sr. Presidente do Ministério, como também não as precisamos produzir; quanto a S. Ex.11, o que resta apenas é encerrar esta discussão, deixando-a para os devidos campos, e fazer ver bem ao Sr. Presidente do Ministério que é necessário qu<_ ser='ser' de='de' questões='questões' liquidem='liquidem' facto='facto' devem='devem' desta='desta' p='p' se='se' nos='nos' onde='onde' elas='elas' natureza='natureza' campos='campos' colocadas.='colocadas.'>

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — Sr. Presidente: não vale a pena prolongar esta questão.