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t)iàrio da Câmara do» Deputados

Se.o Governo com as suas meias palavras ...'

Uma Voz : —As meias palavras são dos outros.

O Orador: — Se o Presidente do Ministério com as suas palavras pretendeu influir nesta Câmara no sentido de quê alguma cousa por nós não podia sor considerada, era melhor que não as tivesse dito. Se as disse, melhor é que chegue ao. fim.

Nunca, pela minha parte, pratiquei qualquer acto de que não quisesse tomar a responsabilidade. O Sr. Álvaro do Castro sabe muito bem que o que se pretendeu tam somente foi nEo complicar questões. O que se pretendeu, simplesmente, foi liquidar primeiro um debate político.

Eram simple.srn.ente estas palavras que mo sentia no dever de proferir.

O orador não reviu.

O Sr. João Camoesas : — Requeiro que V. Ex.a consulte a Cílmara- sobre se consente que se prorrogue a sessão até terminar o debate político, e fazer-se a votação do requerimento do Sr. Ministro das Finanças sobre a proposta que apresentou.

O Sr. Presidente:—Porei o requerimento de V. Ex.'"1 à votação quando submeter à deliberação da Câmara o requerimento do Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. Ministro das Finanças (Cunha Liai): — Niaguêm fez ameaças, nem tam pouco só pretendeu fazer qu aí quer espécie de especulação política...

O Sr. João Camoesas: — Não apoiado l

O Orador: — O que eu pretendi apenas íbi ser coerente, harmonizando as minhas palavras de oposicionista com o meu procedimento de Ministro das Finanças.

^En-tão V. Ex.as queriam que eu deixasse falir o Estado, que eu deixasse de pagar aos funcionários públicos, à espera que o Parlamento terminasse o debate político ?

£ Que culpa tem este Governo que os seus antecessores se não tivessem preocupado coni o assunto e procedido fora da lei ?

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Vozes: —Diga, diga tudo ! Sussurro.

O Sr. António Maria da Silva: — jO pior é V. Ex.a fazer tais afirmações! (Muitos apoiados).

O Orador: —Não, Sr. António. Maria da Silva. O pior é não ser coerente. (Muitos apoiados). O pior é sair fora da lei. (Muitos apoiados). O pior é não possuir um carácter inteiriço. (Muitos apoiados). O pior é, emfim, não ter hombridade pá- • rã falar claro. (Muitos apoiados). ,

Pretende-se atribuir ao acto do Governo propósitos de chicana política. Por minha honra declaro que não houve tais propósitos, mas tíirn somente os de colocar o Estado absolutamente dentro da lei...

O Sr. António Maria da Silva:—V.

Ex.a que assim procedeu, lá sabe as rã* zoes por que ó fez.

O Orador: — Eu procedi assim para me--ter o Estado dentro da lei.

O Sr. Vasco Borges: —j O que só pretende é derrubar o Governo com uma moção de desconfiança, pára que se não diga ao país o que se passa!

Trocam-se apartes.

O Sr. João Camoesas: tudo; porque se não diz tudo?

Mas diga-se

O Orador: — Eu prezo muito a República para dizer tudo quaato sei. O orador não reviu.