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Diário da Câmara do» Deputado»

do nos uma proposta de lei que diz destinada a legalizar determinado acto, e fazendo insinuações, pois que o Sr. Ministro das Finanças, com aquela atitude melodramática, que lhe conhecemos, disse:

«j O que eu encontrei no Ministério das Finanças é de tal maneira grave, que eu só poderei dizer tudo numa sessão secreta !»

Não, porque a própria proposta de lei fala- em regularizar situações anteriores.

Ora, não me parece que se regularizem crimes.

Se crimes houvesse, a primeira obrigação do Governo era averiguá-los, e se neles estivesse envolvido qualquer parlamentar deveria o Governo, ainda, vir uo Parlamento solicitar a autorização necessária para o meter na cadeia.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. José de Almeida: — Vou dizer à Câmara o que penso sobre o assunto que está sendo debatido.

Batendo, Sr. Presidente, que apresentada uma proposta da natureza desta que .acaba de ser trazida ao Parlamento pelo Sr. Ministro das Finanças, e feitas a.s afirmações que fez o Sr. Presidente do Ministério e o próprio Sr. Ministro das Finanças, o Parlamento não pode deixar de se ocupar imediatamente do assunto.

Sr. Presidente: estou de acordo com o requerimento apresentado 'pelo Sr. J

Sr. Presidente: se neste debate político algum documento for votado que im-píique a queda do Governo, eu serei o primeiro que, a dentro desta assemblea política, requererei que esta proposta de lei e,, principalmente, as declarações do Sr. Presidente do Ministério e Sr. Ministro das Finanças sejam sujeitas a uma ampla e clara discussão. (Apoiados}.

O Sr. João Camoesas: honesto;

Isso é que á

Q Orador.: — Sr. Presidente: declaro, enLmeu

Estes assuntos devem ser inteiramente conhecidos do país.

É preciso que a República seja administrada com clareza, que os diuheiros públicos sejam administrados de forma que não se permitam quaisquer suspeitas.

jii esta a declaração, que faço: voto o requerimento do Sr. João Camoesas porque me dá a certeza que o debate político, se encerrará hoje,, e que imediatamente o requerimento do. ST. Ministro das Finanças se votará1. (Apoiados}.,

O orador náo reviu.

O Sr. Helder Ribeiro-,:—Pedi a palavra para. dizer em nome do> meu partido^ q;ue dou o meu voto ao requerimento apresentado pelo Sr. Ministro, das Finanças-. (Apoiados).

Dou esse voto conscientemente, certo e, convicto- que presto, e o meu partido;, um alto serviço- à. República;.. (Apoiados)*

O Partido de Recoiistitulção Nacional, em todos os seus actos, tom sempre posto acima das vaidades e ambições> muitas vezes legítimas, o bem-estar e engrandecimento da República. (Apoiados},

Não dá. o seu voto-, só para manifestar a confiança1 qno deposita, no Governo ali presente, mas porque, está convencido o meu partido, que nesta nora é necessário regularizar a situação do Estado com, o Banco de. Portugal.

Tenho dito.

O orador náo reviu.

O Sr. Vasco Borges:—Sr. Presidente: em. primeiro lugar desejo esclarecer umas palavras que há pouco proferi, e que en1-tendo necessitam de ser esclarecidas...

Disse eu que votar uma moção de. desconfiança ao Governo antes de resolvida esta questão podia dar lugar a. suspeitas de que se não queria apurar toda, a verdade. (Apoiados).

Não quero fazer com isto ofensa, a ninguém.

Tenho por esta Câmara, e por todas as pessoas que a. competem., uma considera-? cão que. me- impede de- vir fazer uma, afirmação, ou sequer insinuação que pudesse ser desprimorosa.