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Sessão de 24 e 25 de Novembro de 1920

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instante posso supor que não se impuses-sem a todos os ouvintes. (Apoiados).

Por mini, em meu nome e no do Partido Republicano Popular, dou-lhe inteiro aplauso e solidariedade, reprovando em absoluto a tentativa perniciosa de transitar para as comissões, onde certamente dormiria indefinidamente o longo sono dos justos, sabendo-se que por patrocínio dos próprios proponentes se têm discutido nesta casa várias medidas com todas as dispensas possíveis e imagináveis, e que, como esta, não eram de interesse para o País, nem de urgência para a vitalidade nacional. (Apoiados). (Ar«o apoiados).

Nenhuma influência exercem no meu espírito as manifestações pró ou contra os meus modos de vêr; porque não me incitam uns, nem me reprimem os outros.

Digo claramente o que sinto, só sei agir em conformidade com os ditames da minha consciência, sou intransigente nos princípios, rigoroso no cumprimento dos meus deveres, cioso das prerrogativas parlamentares, mas amando a verdade o a necessária linha da coerência.

O que afirmo alto e bom som., Sr. Presidente, ó que quando lá fora essa onda miserável o malsinadora que ó o enxurro de todos os excrementos do vilipêndio e da mentira, alarga a manta de farrapos sobre este Parlamento, aviltando-o e denegrindo-o; é neste momento próprio que o poder executivo, com toda a nobreza e elevação, vem demonstrar que não prescinde da cooperação leal do poder legislativo.

Deste modo é que se procede e só assim se manifesta quem, como o ilustre Ministro das Finanças, é na verdade republicano e ardente patriota. (Apoiados).

De tal maneira tem decorrido esto debate que até, afastando-se da sua essôn-cia, se fizeram referências c aceradas insinuações políticas.

Cada um tem de assumir a responsabilidade das suas palavras, ainda que eu não possa testemunhá-las, porque as não ouvi, podendo por consequência afoitamente declarar que elas não surgiram do agrupamento partidário a que pertenço.

Também houve estranheza na apresentação da proposta de lei nesta altura do debate, chegando a afirmar-se que é um recurso habilidoso para afastar, ainda que momentaneamente, ou amortecer a vigo-

rosa e inflamada discussão do programa ministerial.

Que importa o debate político, quando a Nação reclama os nossos cuidados para outro assunto de magna importância que melhor serve os seus interesses?

Resolvamos pois, quanto antes, esta palpitante questão para com mais presteza volvermos ao exame do programa gover-nativo. a fim de que os que tem empenho em criticá-lo o possam fazer sem tardança.

Por consequência em nome do Partido que aqui represento, dou o voto pleno para aprovação imediata do requerimento do Sr. Ministro das Finanças, que no decurso da presente discussão já se responsabilizou a apresentar os documentos necessários para esclarecimento do assunto e para estudo completo e consciencioso do mesmo.

Afigura-se-me, Sr. Presidente, que nada hú mais elevado, mais equitativo c mais sério: mas para terminar permita-me que saliente os meus reparos por se estar travando largo comi) a to dum diploma qne ainda não está na ordem o quo só f;;çain intermináveis prelecções sobre o modo de votar. .

Tenho dito.

O Sr. João Camoesas (sôlire o modo de votar): — Sr. Presidente : esforçar-me hei por ser bastante claro nas poucas palavras que vou proferir.

Porque o assunto não se compadece com habilidades políticas que, a propósito dele, alguém queira empregar, para insinuar quo não nos encontramos numa atitude absolutamente consentânea com os interesses do Estado, jamais consentiremos que as altas e afamadas intcl gjrc'as transformem, como pretendem, numa embrulhada a questão que só debato, que ó do sua natureza clara e insofismável.

Sr. Presidente: pus ou ontem, aqui, a questão política, se não com inteligência, pelo menos com muita clareza o patriotismo.

Atacando o Governo, eu disso que elo é inconstitucional, visto que não dispõe na Câmara daquele número de votos necessários para poder governar com o Parlamento.