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então Ministro dus Finanças, disse no seio da comissão de finanças que eu tinha praticado um acto perfeitamente patriótico de que só me podia orgulhar; que tinha praticado um acto que era exacta-meate contrário à série de esbanjamentos que se'tinham "feito anteriormente..

O Sr. Ministro das 'Finanças (Cunha Liai) (interrompendo']: — Eu não estive a discutir a utilidade do acto, eu disse apenas que deveria aqui legalizá-lo.

O 'Orador:—V. Ex.a perdeu uma boa ocasião de esperar.

'Eu não podia .pedir a legalização por-•que era o Parlamento que a tinha de "fazer é não eu.

:0 que eu digo a V. Ex.a é que era incapaz de ter posto a questão pela fonna| que'V. Ex.a a pôs; não está isso nos; meus.meios de combate.

'Eu.não queria dizer que o "Estado não] tinha recursos para pagar aos seus fun-cionários. Eu não queria vir aqui dizer o que disse- o Sr. Ministro bas Finanças.

Sr. Presidente: eu não quero proceder de forma menos liai; mas o Sr, Ministro das Finanças disse que queria uma sessão secreta, e eu direi que não desejo para mim senão o mal que desejo para o meu maior inimigo, -e muito menos para, nni homem a quem idediwa miriha-con-] iideração e'a minha amizade.

Sr. Presidente: eu'tinira "a lei n:° 373 com 'a -'qual "podia- ífazer 'contratos e até lançar impostos.

Kão fiz "uso dessa lei única e simplesmente p'ara 'evitar maior descalabro para o p ate.

Aqui tem V. Ex.a o que eu!fiz -como; htimenrde governo.

Tenho a consciência de ter -cumprido o meu dever e de não ter contribuído para •o' descalabro 'do país;' vá a• pedra a' quem tocar ;• oxalá outros ríão tenham, com as. suas considerações, contribuído pára esse mesmo descalabro.

O orador rião reviu.

•'O "Sr. ''Ministro fla Marinha f Júlio "Mar tins): — Não é como membro do Governo' qUe uso Ua palavra para.; explicações, nnas ao ontrar nesta sara ouvi"ao 'Sr. "António Marra da SiiVa'nm(as! considerações'a que deséjt> 'responder.

Diário da'Cxinrá dos

Sr. (Presidente : 'é uma inteira 'veirdade-o 'que afirma o Sr. António Maria 'da -Sil-!va, mas é preciso, já que estrmos jiMm debate desta natureza, que as cousas -se-coloquem 'no-s seus. A^erdadeiros termos,. para que os homens públicos assumam as Tesponsabilidades que lhe competirem-

Sr. Presidente: o meu Partido entrem •num 'Governo com o Sr. António Maria Ba 'Silva, 'procedendo sempre com ti máxima lialdade.

•Interrupção -do Sr. António Maria da Silva.

O Orador:— - Eu estou tam irmanado com o meu Partido que quando qualquer dos 'seus membros Centra para o Governo,. =entro eu "também.

Mas, Sr. !Presi'deríte : surpreendido com a -maneira -por -que esse Governo yivia, averiguei dos -seus recursos financeiros; e, 'já depois 'de demissionário, já depois de demitido o Sr. António Maria da 'Silva, ainda eu, -como representante do Partido Popular, não sabia o que se tinha. passacto em Conselho de Ministros.

Cheguei lialmente ao pé de um dos-membros do meu Partido, e preguntei-ilhe o que havia, pois tinha conhecimento* que nesse Governo, em que havia representação • do Partido Popular, se tinha assinado um documento autorizando o Banco-de Portugal a fazer 'certa e 'determinada. emissão.

Ele 'respondeu-me que em Conselho de-Ministros o Sr. 'Presidente tio Ministério, apelou para o patriotismo e para a honra dos membros do Governo para realizar essa medida.

O 'Sr. 'António > Maria- da Silva (interrompendo) : — 'Isso é '"absolutamente inexacto ; é uma questão de facto.

O 'Orador: — :Sr. Presidente: o que eu quero afirmar- -é que é :a'b«ólutanrente verdadeiro 'aquilo .que eu digo. : O quo só-pas'sou comigo, "pela minha honra juro-perante a Câmara, e ,perante o "País, é-absolutamente exacto.

Interrupção do Sr. António Maria da "Silva.