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Sessão de -24 e 2?

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sados muitos dias. depois de o Governo 'demitido, é que tive conhecimento do que se passou em Conselho de Ministros ; e ^anrmo mais que, se alguma vez o Partido Popular tivesse representação no Governo, essa, portaria havia de ir a terra.

Tenho dito.

O orador não revm.

O Sr. "Ministro da Justiça (Lopes Cardoso) : — "Sr. Presidente : o ilustre teader do Partido Eepublicano Português afirmou que eu pertencera a um Governo que sancionou um celebre contrato com o Banco de Portugal. .

Devo declarar que esta situação tinha dG l^galizar-se, quando o Parlamento qui-•sesse ocupar-se dela -com serenidade.

•Este problema, de resto, iuteressa principalmente ao Ministério das Finan-•ças.

Sr. Presidente : igualmente é minha •convicção que p Sr. Granjo pensava da •mesma íorma, e que o Sr. Cunha Leal, trazendo esta questão ao Parlamento, a •tr«az somente para a legalizar, e não para fazer insinuações. S. Ex.a trouxe a .ao .Parlamento para ser Legalizada,; a proposta pode por todos .ser discutida, 'mas -o que digo ó que -o País inteiro , está julgando o nosso procedimento, e temos .de ;.proceder com aquela serenidade, com .aquela correcção, com aquela independência que Y. Ex.a desse lado da Câmara quis manter íntegra, e que eu me esforçarei porágualmen te manter íntegra, aqui o lá fora.

Tenho dito.

O orador não reriu.

O Sr. Presidente do Ministério (Álvaro de Castro): — Expõe novamente a situação financeira encontrada pelo actual Governo, especialmente na parte das relações do Estado com o Banco de Portugal, e faz ver a urgência da votação da proposta do Sr. Ministro das Finanças.

sO discurso será publicado, na integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas., as notas taquigráfcas que lhe Joram eriviadas.

O Sr o João Luís Ricardo: — Sr. Presidente : não tencionava entrar neste de° bate e confesso que o faço muito magoa-damente.

Ao entrar nesta sala, ouvindo tam grande b'orborinho, procurei averiguar de que se tratava e foi-me dito que ti-TÍhain sido lançadas insinuações sobre Ministros das Finanças de anteriores Governos. Pelo decorrer da discussão vim a apurar o que havia e então constatei 6ste lacto que magoa o meu coração de republicano: é que homens republicanos que hoje ocupam as cadeiras do Poder vêm trazer à Câmara um assunto desta ordem mas sem aquela serenidade que bem seria para desejar. (Apoiados e não apoiados).

Se é louvável o procedimento do Sr.-Ministro das Finanças em vir legalizar uma situação ilegal, esse procedimento não deixa, no emtauto, de .ser de reprovar .pela maneira como foi orientado.

Bem alto e desasssombradamente -eu declaro à Câmara e ao .País que a culpa do q.ue se passa não ó do Sr. António Maria da Silva, nem tam pouco do Sr. António Granjo. A culpa, Sr. Presidente, é dos leaders deste Parlamento! -Eu explico:

Em princípios de Maio, o coronel António Maria Baptista, então Presidente do Ministério, convocou para uma reunião os leaders desta .Câmara. Então foi exposta a situação real do País, tendo falado vários membros do Governo e, entre eles, o Ministro do Comércio, Sr. Aníbal Lúcio de Azevedo, o Ministro das Finanças, Sr. Pina Lopes, e,eu, lembrando-me tam bem como se fossem .proferidas hoje as palavras que nessa .reunião se disseram.