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Diário da Câmara aos Deputados

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): Cumprindo um dever de cortesia, apresento a V. Ex.a os meus cumprimentos, e na pessoa do V. Ex.a cumprimento a Câmara.

Mando para a Mesa dois requerimentos, um deles pedindo a S. Ex.a o Ministro da Marinha para me conceder, no mais curto espaço do tempo, autorização para eu ir ao seu Ministério estudar o processo para aquisição de cruzadores ligeiros ein Inglaterra, para o que o Parlamento votou a respectiva verba.

Quando era Ministro das Colónias o Sr. Ferreira da Rocha mandei uma nota de interpelação, a que S. Ex.£- pelos seus muitos afazeres não se deu por habilitado.

Mantenho essa interpelação nos seus termos.

Peço a V. Ex.a para solicitar ua próxima sessão a presença dos Srs. Minis tros da Justiça e da Instrução Publica. Ao primeiro desejo interrogar sobre os bens dos inimigos e ao secundo sobre exames de Estado nas Escolas Normais Superiores.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Marinha ('Júlio Martins) : —Vou dar ordem para V. Ex.a consultar a documentação que desejar.

O orador não reviu.

O Sr. Plínio Silva: — Não estou esquecido das resoluções desta Câmara, e estranho que não se tivesse respeitado a resolução tomada em 15 de Dezembro passado, para que antes da ordem do dia entrasse em discussão o projecto sobre recrutas.

Estranho também que ,o Sr. Ministro da Guerra não esteja presente, tratando--se dum assunto desta natureza e tanto mais que vejo pelos jornais que S. Ex.£-vai resolver o assunto por uma forma em que eu estou completamente em desacordo.

E para lastimar o pouco respeito havido por parte do Sr. Ministro da Guerra por este Parlamento, que sabendo que o assunto das escolas de recrutas estava dado para ordem d<_ que='que' publicar='publicar' a='a' embaraçam='embaraçam' disposições='disposições' atenção='atenção' e='e' várias='várias' em='em' duvideis='duvideis' p='p' câmara='câmara' merecer='merecer' abertura='abertura' teve='teve' até='até' dias='dias' ia='ia' dois='dois' não='não' da='da' dia='dia' sua='sua' antes='antes'>

certo ponto os parlamentares que desejam manifestar-se abertamente sobre este problema e sôbie o caminho mais conveniente a seguir.

Eu estou convencido de cue a Câmara, dos Deputados, a que me honro de pertencer, não esquecerá facilmente ás resoluções tomadas e que mantorá, em absoluto, a votação da sessão de 15 de Dezembro do ano findo.

Eu peço a V. Ex.% Sr. Presidente, para transmitir ab Sr. Miuit.tro da Guerra o meu desejo de que S.. Ex.a compareça o mais breve possível nesta Camará, para eu então me ocupar do assunto, sobre o qual é meu intento manifestar-me duma forma larga e ampla, como julgo indispensável.

Permito-me ainda dizer uma vez mais que pertenço ao namoro daqueles que vêm de há muito pugnando pela compressão das despesas públicas, e que as providências que o Sr. Ministro da Guerra acaba de publicar, embora encimadas por um pomposo título, nada representam sob o ponto de vista dessa compressão, manifestando apenas uma certa ignorância do que seja a instruçlo militar no país.

Limitou-se S. Ex.a a modificar o tempo de instrução, de forma que aquela economia que eu e o Sr. Malheiro Reimão de há muito preconizámos, quer por meio de várias considerações produzidas nesta Câmara, quer por meio dum projecto de lei que tenho presente e que não foi aprovado sob o pretexto de que a sua doutrina não seria aplicada a tempo de produzir os seus efeitos, não se realiza, por isso que se não evitam, como era mester, as despesas feitas com a aquisição de fardamentos e equipamentos, que são, de todas, as mais dispendiosas.

Daqui resulta que a pretendida economia resultante das disposições decretadas pelo Sr. Ministro da Guerra não passam de irrisórias.

Aguardo a resposta de V. Ex.a, Sr. Presidente, e confio plenamente em que a Câmara discutirá e resolverá, rapidamente, este importante assunto.

Tenho dito.