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Sessão de 11 de Fevereiro de 1921

Ministros do Comércio e Finanças, criando novas fontes de receita para intensificar reparação de estradas.

Do governador civil de Santarém, pedindo a urgente discussão do projecto que permite que as juntas gerais possam deliberar com qualquer número.

Para a Secretaria.

Requerimentos

De Rodrigo Fernandes dos Santos, do Porto, pedindo alterações ao projecto de lei do inquilinato.

Para a comissão de legislação civil e comercial.

De Marieta Hoja da Costa Gomes, viúva do capitão-tenente Henrique Go-mes, pedindo para ser melhorada a sua pensão.

Para a comissão de petições.

Antes da ordem do dia

O Sr, Presidente: —Como V. Ex.as sabem, faleceu o Sr. João da Bocha, que ocupou nesta Câmara um lugar que sempre honrou e que se impôs sempre à consideração e respeito de todos.

A sua modéstia íoi causa de não ser mais conhecido, quando outros sem tantas qualidades andam na boca de toda a gente.

Nestas condições, embora não haja número para deliberar, creio interpretar o sentimento da Câmara considerando aprovado um voto de sentimento pela morte do Sr. João da Rocha e que a decisão da Câmara seja comunicada à família do extinto.

Também faleceu o Sr. Conde de Ver-ride que foi igualmente Deputado, motivo porque proponho que se lance na acta um voto de sentimento e que se dê conhecimento à família.

O Sr. Vitorino Guimarães:—Em nome deste lado da Câmara, associo-me aos votos de sentimento propostos por V. Ex.a

O Sr. Ministro da Guerra (Álvaro de Castro:—Em nome do Governo, associo-me ao voto de sentimento proposto por V. Ex.a

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — Em nome do Partido Popular, associo-me aos votos propostos por V. Ex.a

O Sr. António Mantas:—Em nome dos Deputados Independentes, associo-ine ao voto proposto por V. Ex.a pelo falecimento dos dois antigos deputados Srs. João da Rocha e Conde de Verride.

O Sr. Vasco Borges: — Em nome do meu partido, associo-me aos votos propostos por V. Ex.a

O Sr. Eduardo de Sousa: — Sr. Presidente : em nome dos Parlamentares Independentes desta Câmara já falou o ilustre Deputado e meu querido amigo Sr. António Mantas para se associar ao voto de pesar que V. Ex.a propôs pelo falecimento do nosso antigo colega nos trabalhos par-lamentares, João dn Rocha. Não posso eu, todavia, Srl Presidente, nem devo passar o ensejo para, em meu nome pessoal, me associar também doloridamente a esse voto. Não posso esquecer, Sr. Presidente, que João da Rocha foi um dos meus mais queridos e brilhantes colegas na redacção da fiepáblica, no tempo em que tive a honra de dirigir êss,e jornal. Poeta e escritor de . raro mérito, tamanho quam grande era a sua modéstia, João da Rocha trouxe para a imprensa política as altas qualidades não só do seu brilho literário, como ainda da sua larga erudição, realçado isso por uma fina e cortante ironia do mais subido quilate. A par disto, Sr. Presidente, juntava ele as mais raras qualidades de lealdade, só comparáveis à sua extrema modéstia, que^nem sequer se resentia até quando, imprudentemente, na sua própria presença, alguém se atribuía, parafraseando a lição da gralha da fábula, a autoria de artigos que só dele João da Rocha eram...

" Notável e variada, Sr. Presidente, foi a sua obra artística e histórica, denunciando um raro espírito crítico e literário, e conscienciosíssimas qualidades de investigador.