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Sessão de -22 de Fevereiro de

desejo o número crescente de refractários que existe.

i E pregunto a S. Ex.a se acha justo que coloquemos o nosso ignorante mancebo na situação de faltar aos seus deveres militares, insinuando-lhe que as escolas de recrutas passam, a ser constanternente adiadas! (Apoiados].

Sr. Presidente: o Sr. João Camoesas falou muito aqui em instrução acasernada. Eu creio, tanto mais que S. Ex.a é médico miliciano, que S. Ex.a nunca podia ter visto no exército essa instrução acasernada. A organização do exército actual tanto procura evitar a instrução acasernada que apenas mantém nos quartéis ou nas tais casernas, — que serão más, mas o Parlamento não vota dinheiro para as substituir, — a instrução de recrutas. E a instrução complementar é dada nas escolas de aplicação, nas escolas de tiro e nos campos de instrução. Destes, só temos um, apesar da organização do exército propor tantos quantas são as nossas divisões. E temos um, devido aos esforços do Sr. Norton de .Matos quando Ministro da Guerra. Pois contra essa instrução, que não tem nada de acasernada, já tenho visto protestar muita gente por a achar excessivamente cara...

Fala-se muito 'em economias no Ministério da Guerra, não por espírito económico mas por outras razões que me dispenso de apontar aqui.

Quanto à cultura física tam preconizada pelo Sr." João Camoesas no -seu discurso de há pouco, devo dizer—sem que isso constitua novidade para a Câmara — que a educação física tem sido ministrada ultimamente no nosso exército com -toda a intensidade 'compatível -com os recursos de que dispomos. Em todas as unidades miliuires se pratica actualmente o desporto tanto quanto o permitem as condições do seu aquartelamento e as suas disponibilidades.- A educação física nos quartéis é hoje um facto não como consequência de quaisquer ensinamentos da recente guerra mas como uma necessidade de há muito reconhecida, principalmente depois da Be-pública. Hoje chegam-se mesmo a pratvcar certos actos em desporto, que noutros tempos seriam acoimados de indisciplina: — presentemente é frequente encontrarem-se jogando o foot-ball com os soldados, os oficiais -e sargentos.

Eram estas as considerações que eu tinha a fazer em resposta ao Sr. João Camoesas, resposta a que me não podia esquivar, tanto mais que era meu dever agradecer a S. Ex.a as referências amáveis que me fez.

O orador não reviu.

O Sr. Plínio Silva: — Antes de quaisquer considerações sobre o assunto, preciso de dar uma explicação ao Sr. Américo Olavo, visto que S. Ex.a ao iniciar o seu discurso estranhou que eu me não tivesse referido às suas palavras. Estou absolutamente convencido de que S. Ex.a não terá levado a mal esse facto, facto que se deu por ter eu entendido que, respondendo ao Sr. Pereira Bastos que, englobando todas as considerações de S. Ex.a mais detalhadamente se referiu à questão, teria igualmente respondido a S. Ex.a

Relativamente à organização do exército a que se referiu o Sr. Pereira Bastos, devo dizer que o país inteiro tem prestado inteira homenagem a essa organização em •que S. Ex.a tam activamente colaborou em 1911. Todavia é opinião minha que sendo essa organização muito inteligentemente elaborada, se não fosse Norton de Matos saber criteriosamente aproveitá-la não teríamos obtido resultados práticos e úteis.

Eelativamente ao relatório do Corpo de Estado Maior do Exército a propósito do adiamento das escolas de recrutas, sinto não o ter presente, porque estou convencido de que a Câmara havia de reconhecer que as razões apresentadas eram de atender e que de facto o critério seguido não era de forma alguma o melhor.