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Diário da Câmara dou Deputados

através da guerra económica, vêm transformar as sociedades no nosso tempo num enormíssimo campo de batalha. Ainda há dias na Inglaterra3 sendo primeiro Ministro Lloyd George. e querendo este continuar uma política imperialista, as classes trabalhadoras organizadas, já feito o convite aos Domínios, disseram terminantemente que não consentiriam na intervenção militar e que não poderia o Governo Inglês contar com transportes marítimos ou terrestres, nem com braços para trabalhar nas fábricas de munições.

O Sr. Presidente: —

O Orador: — Eematarei as minhas considerações dentro de dois minutos.

Dizia eu, Sr. Presidente, que foi tam forte a imposição das classes trabalhadoras em Inglaterra, que o primeiro Ministro, apesar de se chamar Lloyd George, caiu, e tam acentuada foi a adesão da nação inglesa ao ponto de vista dessas classes, que a minoria trabalhista, tendo anteriormente setenta Deputados, e sem que tivesse qualquer influência burocrática, não bendo constituída por homens que contem na indústria, no comércio ou na finança, e que são .sempre elementos a ponderar, conseguiu mais do que duplicar a sua representação.

Somos partidários de que as nações se defendam, mas que o devem fazer principalmente eni termos de adestramento físico das populações.

Lembremos a forma por que a Inglaterra conseguiu ter um grande exército, que não teria talvez se não fosse a sua intensa educação física.

A circunstância de se atribuir à força armada uma influência decisiva e essencial em tudo que diz respeito às relações internacionais traz evidentemente para a tela da discussão o problema do militarismo na acepção que os super-homens teutónicos lhe atribuíram antes de 1914.

Foi contra essa errada idea de que a política das nações se deve continuar a fazer tendo apenas como elemento determinante e essencial o número de ca-

nhões e espingardas, que eu quis aqui erguer a minha modesta voz. Qanto ao resto, devo dizer que folguei muito em ouvir as considerações do Sr. Pires Monteiro.

Folgo também em prestar justiça aos ilustres Deputados Srs. Almeida Ribeiro e Carlos Pereira. S. Ex as, como eu, não são contra a existência da bolsa dos oficiais: no estrangeiro. O que pensamos é que, pelo preço por que o dinheiro está, não seria porventura prático e económico o acentuar esse princípio ca nossa legislação. Seria contrário às ideas democráticas do rogime o restringi-lo aos militares; e, tendo de o genaral;zar a todas as profissões, não vemos possibilidade de inscrever no orçamento as vorbas necessárias para fazer face ao correspondente encargo. Por mim, sustento até a teoria dê que não há sacrifícios que se não devam fazer para -se conseguir elevar a mentalidade do nosso país.

O círculo vicioso é este: não temos dinheiro,,porque não temos atívidade capaz para valorizar aquilo que possuímos.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente : — Não está mais nenhum Sr. Deputado inscrito, como porém deu a hora de se entrar no período de antes de se encerrar a sessão, proceder--se há à votação do projecto na próxima sessão.

Pausa.

O Sr. Presidente: — A próxima sessão é amanhã à hora regimental, sendo a ordem do dia a mesma de hoje.

Está encerrada a sessão.

Eram. 18 horas e 4ô minutos.

Documentos enviados para a Mesa durante a sessão

Requerimentos

Roqueiro que, pelo Miuistério do Comércio, mo sejam enviadas cópias dos processos relativos a licenças (perimis) para a exportação de travessas desde o princípio do anno económico do LUO de 1921 até o presente, e bem assim sObre a prorrogação das mesmas licenças.—Francisco Cruz.