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da Câmara das Deputado»

lhe pertenciam corno dirigente, como che-fei como supremo responsável de tudo quanto se relacionasse com a nossa representação na Exposição do Rio de Janeiro. Se da participação de Portugal nessa exposição resultasse um êxito) certamente ioda a glória desse facto pertenceria ao Sr. Lisboa de Lima, e só ao Sr-. Lisboa de Lima. ^Como pode, pois, admitir-se quê,, em presença dum possível fracasso, O Bi. Lisboa de Lima pretenda atirar para cima dos outros com respoiisabiiidades que, pelo menos, em parte, lhe pertencem ?

£ Pode um generalj comandante dum éxércitO) atribuir ao seu estado maior a responsabilidade dum desastre em que, nem por isso, as buas responsabilidade^ são menores ? Não è, assim, lícito que o comissário geral de Portugal na Exposição do Bio de Janeiro, em lace dos acon-ferimentos produzidos em torno da nossa representação, venha dizer-nost eu não tim ã Qtilpái Não l não é assim, tanto inala que o Sr. Lisboa de Lima tinha pó deres absolutos para escolher o pessoal que devia agir sob as suas ordens.

E, de 'duas uma s ou õ Sr. Lisboa de Lima recebia do ,Bio de Janeiro relato* rios sobre o modo como os trabalhos da fiòssà representação marchavam, OU não os recebia. No primeiro caso não podia ignorar o que lá se passava, a nfto ser qtte os relatórios fossem inexactos, o que hão è de admitir, uma vez que o Sr. Lit^ boa de Lima ô não alega; no segundo caso o Sr. Lisboa de Lima depositava hòs seus delegados uma confiança de que èíè ó o único responsável, confiança que^ decerto» ninguém lhe impôs ou, sequei^ aconselhou.

Eu fiquei desde essa hora com a im-preséão de que o Sr. Lisboa de Lima, no exercício das funções que lhe tinham sido confiadas, fora negligente. t

Sr. Presidente: ia eu dizendo que, êin determinado momento, dei ordem ao S?» Lisboa de Lima para que no primeiro Vapor a sair do Rio de Janeiro regres* sásse a Lisboa, a fim de informar o Governo sobre o que se -passava em relação íi exposição. Antes disso, porém» tinha telegrafado ao comissário geral de Por tu» gal nessa exposição para que fizesse en> barcar imediatamente, a fim de regressarem ao Pais, todos os funcionários que

ele julgasse dispensáveis. Creio que, quando falei nesta Câmara como Ministro do Comércio e sobre este assunto, li esse telegrama.

j O Sr» Lisboa de Lima, a certa altura, respondeu que, para reduzir as despesas, devolveria dois empregados da Alfândega !

Depois, como o Lourenco Marques tivesse partido do Rio sem que as minhas ordens fôãsém cumpridas, telegrafou, explicando que o barco não trouxera todo o pessoal dispensável por motivo de resistência da parte dalguns, a quem a ordem de embarque atingira. E acrescentava: fea redução de 25 por cen-:o e a ordem terminante de partir para Litiboa provoca^ ram um cômplot do pessoal, que nada faz com êxito. O nomeado para partir faz publicamente uma campanha defectista contra mim e contra o Comissariado, pondo criminosamente em risco de falência a representação de Portugal» è

Havia eu recebido esses dois telegramas tio Sr. Lisboa de Lime,, anunciando a partida do pessoal, quando recebi do Sr. Embaixador no Rio de Janeiro o se* guinte telegrama:

*A situação do . Comissariado ó desesperada por falta de recursos* O comiesá-rio levantou no Banco Ultramarino' uma quantia sobre o pavilhão, mas já a gas= tOUa Depois pediu à colónia portuguesa um empréstimo de 500 contos, alegando a repatriação do pessoal. E mais 120 contos. O comissário cumpriu mal, e pá* rece-me difícil arrancar mais dinheiro. A má administração e a conservação do pés* soai parasita reduziram o Comissariado a uma posição crítica -e escandalosa, que é prejudicial ao País»i

Telegrafei então ao comissário geral» Na mesma ocasião, o Sr. Vitorino

Guimarães, Ministro das Finanças, recè*

bia um telegrama informando :