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Sessão de 24 de Abril de 1923
O Sr. Francisco Cruz: — Se se votasse tal medida, era uma verdadeira burla.
Apoiados.
O Orador: — Não, Sr. Presidente, a isso não nos associamos e então saberemos o que havemos de fazer.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. José Domingues dos Santos: — É já costume antigo atirar-se para as maiorias a responsabilidade de tudo quanto sucede.
O que a maioria não pode é estar sob a coacção de ameaças; os Deputados são eleitos para virem aqui e estarem na sala.
Apoiados.
Todos temos os mesmos direitos e obrigações perante o país e cada um assume a responsabilidade dos actos que pratica.
A maioria quere trabalhar com honra e lealdade, e o que queremos é votar conforme o que está determinado: primeiro a proposta do Sr. António Fonseca e depois as tabelas.
Não apoiados.
Ninguém tem maior vontade de ver atendidos os desejos da guarda fiscal do que o Partido Republicano Português, mas tudo se pode fazer com ordem.
Eu entendo que V. Ex.ª, Sr. Presidente, não pode aceitar o requerimento e devemos primeiro votar a proposta do Sr. António Fonseca.
Não apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Cunha Leal (para explicações): — Sr. Presidente: vou ser muito breve.
Quero apenas esclarecer algumas palavras do Sr. José Domingues dos Santos.
Foi o meu querido amigo Sr. António Fonseca que aludiu à circunstância de alguns Srs. Deputados terem saído da sala no momento em que se ia fazer ama votação.
Não foi um gesto de desafio o que há pouco disse, mas apenas uma explicação, pela muita consideração que tenho pelo Parlamento e pelos seus membros.
Fazemos isso, porque estamos convencidos de que a proposta do Sr. António Fonseca não serve bem os interêsses das instituições parlamentares.
Repito: esta é á nossa convicção e nós temos de pagar pela nossa cabeça e não pela cabeça dos outros.
Cada um tem de dar contas à sua consciência, e quando tomámos aquela atitude não foi para qualquer coacção, seria convencermo-nos do contrário.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Continuo a não ver no Regimento nenhuma disposição expressa que me proíba aceitar na Mesa o requerimento do Sr. Francisco Cruz.
Não visa apenas a alterar a ordem dos trabalhos.
Portanto, parece-me que o melhor é pôr à votação o referido requerimento, e aqueles que entenderem que se não deve alterar a ordem dos trabalhos, rejeitam-no.
O Sr. Tavares de Carvalho (para um requerimento): — Requeiro que para o requerimento do Sr. Francisco Cruz se faça votação nominal.
Foi aprovado o requerimento do Sr. Tavares de Carvalho.
O Sr. Cunha Leal: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.º do artigo 116.º Fez-se a contraprova.
O Sr. Presidente: — Estão sentados 46 Srs. Deputados e de pé 1.
Não há número.
Vai fazer-se a chamada.
Fez-se a chamada.
Responderam os Srs.:
Adolfo Augusto de Oliveira Coutinho.
Adriano António Crispiniano da Fonseca.
Alberto Ferreira Vidal.
Alfredo Pinto de Azevedo e Sousa.
Américo da Silva e Castro.
Angelo de Sá Couto da Cunha Sampaio Maia.
Aníbal Lúcio de Azevedo.
António Augusto Tavares Ferreira.
António Dias.
António Joaquim Ferreira da Fonseca.
António Mendonça.
António Pais da Silva Marques.
Artur de Morais Carvalho.
Artur Rodrigues de Almeida Ribeiro.
Artur Virgínio de Brito Carvalho da Silva.