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Sessão de 2 e 7 de Maio de 1923
Eu devo dizer, contudo, que não ouvi nenhuma frase da parte de S. Ex.ª que eu pudesse reputar como ofensiva; aliás teria intervindo, como era do meu dever.
S. Ex.ª não reviu.
O Sr. Francisco Cruz (para explicações): — Sr. Presidente: eu tenho a consciência de que em toda a minha vida nunca fui provocador.
Tenho a consciência de ter estado sempre ao lado de todas as causas justas e nobres, quando assim se me afiguram. Todos os que me conhecem, são disso testemunho.
Porém, seja em que campo fôr, jamais deixei de reagir quando sou ofendido ou o suponho ser, mas a minha reacção cessa quando reconheça não haver motivos para isso.
Em tais circunstâncias, costumo declará-lo sempre muito nobremente.
De resto, nunca me servi de qualquer processo para reclame e também me não sinto disposto a servir para o fazer aos outros.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
ORDEM DA NOITE
Parecer n.º 411-b — Orçamento do Ministério do Comércio
O Sr. Presidente: — Vai proceder-se à votação do capítulo 1.º, bem como à emenda da comissão.
O Sr. Cunha Leal (para interrogar a Mesa): — Apenas para o facto de constatar que a nossa atitude é sempre coerente com as nossas declarações, eu peço a V. Ex.ª, Sr. Presidente, que me diga quantos Srs. Deputados estão presentes.
O Sr. Presidente: — Estão presentes 63 Srs. Deputados.
O Orador: — Desde que a votação se faz com o número suficiente, o meu Partido acompanha essa votação.
O orador não reviu.
Posta à votação a emenda da comissão, foi aprovada.
Pôsto à votação o capitulo 1.º, foi aprovado salvo a emenda.
O Sr. António Fonseca (para interrogar a Mesa): — Sr. Presidente: eu desejava que V. Ex.ª me informasse se tenciona pôr em discussão juntamente com o Orçamento a proposta enviada para a Mesa na última sessão pelo Sr. Ministro do Comércio.
O Sr. Presidente: — Essa proposta há-de entrar em discussão no momento oportuno.
O Orador: — Essa proposta tem de entrar em discussão, para se dar realização ao problema das estradas.
Para evitar todas as dúvidas, eu peço a V. Ex.ª que me conceda a palavra para um requerimento.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — A proposta que está na Mesa é para ser discutida com o capítulo 4.º
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Nós não podemos discutir propostas dentro do Orçamento, Sr. Presidente.
O orador não reviu.
O Sr. António Fonseca (para interrogar a Mesa): — Sr. Presidente: V. Ex.ª não ignora que a proposta mandada para a Mesa é de natureza orçamental. De modo que me parece que não vale a pena estarmos aqui hoje a votar uma cousa, para amanhã a alterarmos com a votação duma proposta. Requeiro, pois, que a proposta em questão seja discutida com urgência e dispensa do Regimento.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Julgo que a urgência e dispensa do Regimento já estão votadas.
Vozes: — Não pode ser! Não pode ser! Sussurro e àpartes de vários Srs. Deputados.
O Sr. Carvalho da Silva (para interrogar a Mesa): — Sr. Presidente: sabe V. Ex.ª, e a Câmara sabe, que há dois Regimentos nesta Câmara: um destinado a