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Diário da Câmara dos Deputados
e revistas de inspecção, transporte de pessoal e material, melhoria de reforma a oficiais o aquisição de terreno para instalação de telegrafia sem fios em Coimbra.
Para a comissão de guerra.
Projecto de lei
Do Sr. António Maia, mandando licenciar os oficiais e sargentos milicianos na efectividade do serviço, continuando a receber, durante seis meses, os vencimentos a que tinham direito.
Para a comissão de guerra.
O Sr. Presidente: — Vai entrar-se no período de «antes da ordem do dia».
Antes da ordem do dia
O Sr. António Maia: — Sr. Presidente: na penúltima sessão do Senado, vários Srs. Senadores pediram a palavra para se referirem a um incidente havido entre mim e o Sr. Joaquim Crisóstomo.
Como tenho muita consideração por êsses Srs. Senadores, bem como pelo restante Senado, não posso deixar de vir explicar a esta Câmara o que entre mim e o Sr. Joaquim Crisóstomo se passou, a fim de que ela veja quam injustas foram as referências feitas à minha pessoa.
Sr. Presidente: discutia-se na outra casa do Parlamento um requerimento por mim feito, para me serem pagos os dias que faltei à Câmara por motivo disciplinar.
O Sr. Joaquim Crisóstomo, pedindo a palavra, afirmou que eu mentira nesse requerimento.
Ora, perante semelhante afirmação, não podia ficar indiferente, e nestas circunstâncias pedi ao Sr. Joaquim Crisóstomo a fineza de chegar aos Passos Perdidos, e após a troca de impressões, S. Ex.ª reconheceu que eu não havia mentido no requerimento.
Nestas condições, pedi a S. Ex.ª — repare a Câmara «eu pedi» — para que S. Ex.ª usasse da palavra para explicação e rectificasse publicamente um insulto que publicamente me fora dirigido.
S. Ex.ª voltou-se para mim e disse-me que pedisse aos meus amigos para que essa idea fôsse sugerida no Senado. Notei ao Sr. Joaquim Crisóstomo que nada tinha a dizer aos meus amigos, visto que êle próprio era o primeiro a reconhecer que essa afirmação tinha sido injusta.
Recusou-se, tomando uma atitude agressiva, e daí o conflito.
Vê, portanto, a Câmara quam injustos êsses Srs. Senadores foram para comigo, porquanto nenhuma coacção ali fui exercer; fui ùnicamente desafrontar-me de uma ofensa que me havia sido feita.
Aproveito o ensejo de estar no uso da palavra, para pedir a V. Ex.ª, Sr. Presidente, se digne submeter à votação da Câmara o requerimento que fiz ao mesmo tempo que tive a honra de mandar para a Mesa num projecto referente ao exército.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Sampaio Maia: — Sr. Presidente: sabe V. Ex.ª e a Câmara que o nosso ilustre colega Sr. Plínio Silva, por qualquer motivo, enviara à Mesa um pedido de renúncia ao lugar do Deputado.
Foi nomeada uma comissão, da qual faziam parte os Srs. Almeida Ribeiro, António Maia e eu, para instar junto de S. Ex.ª a fim de desistir do seu propósito.
Infelizmente, as primeiras démarches resultaram infrutíferas, mas a Câmara, que acêrca delas foi ouvida, resolveu não aceitar a renúncia.
Novamente a comissão procurou o Sr. Plínio Silva para lhe dar conhecimento dessa resolução, e, perante ela, S. Ex.ª prontificou-se a vir reocupar o seu lugar, pelo que, em breves dias, teremos S. Ex.ª a trabalhar ao nosso lado.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Encontrando-se na sala dos Passos Perdidos o Sr. Norton de Matos, o sendo a primeira vez que S. Ex.ª toma assento nesta Câmara, nesta sessão legislativa, nomeio a comissão para introduzir S. Ex.ª na sala.
Deu entrada na sala o Sr. Norton de Matos e tomou assento.
O Sr. Alberto Jordão: — Sr. Presidente: pedi a apalavra para chamar a atenção de