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Diário da Câmara dos Deputados
mas há partes em que o trânsito não se faz pela estrada, mas pelas carreteiras, que estão em melhor estado do que a própria estrada.
No que se refere à ligação de Portei a Évora o caso é ainda mais interessante.
Embora tenham passado pela pasta do Comércio altas competências, como os Srs. Nuno Simões e António da Fonseca, a estrada, que está começada há muitos anos, ainda não houve maneira de a concluir, faltando apenas 3 quilómetros para completar a estrada que faz ligação de Alcáçovas a Évora.
Esta falta de comunicações cansa grande transtôrno à economia do País.
Embora em cada distrito existam engenheiros directores de obras públicas, o que é certo é que o problema das estradas continua sem solução.
No meu distrito ainda não houve maneira de vermos este ano principiarem as obras.
Eu não quero pôr em cheque o funcionário director das obras públicas do distrito de Évora; mas apenas saliento que não vejo motivo, desde que o dinheiro já saiu dos cofres do Estado, para que essas obras, que são duma importância grande, não sejam efectuadas.
É certo que o Sr. Director das Obras Públicas tem estado a lutar com dificuldades de determinada ordem. As arrematações têm por vezes ficado desertas, ou então, quando não ficam desertas, têm aparecido indivíduos a pretenderem arrematar os trabalhos, juntando-se para formarem o que vulgarmente se chama «cambão».
Daí resulta para o Estado um sensível agravamento de despesas, caso os trabalhos sejam adjudicados nessas condições.
No emtanto, Sr. Presidente, o que é verdade é que se torna absolutamente necessário tomar as providências precisas que o caso requere.
Aguardo a apresentação do novo Sr. Ministro do Comércio para, junto de S. Ex.ª, voltar ao assunto, a fim de, a tal respeito, serem tomadas as medidas necessárias.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
Dá entrada na sala o novo Govêrno.
Foram aprovadas as actas das sessões anteriores.
Procedeu-se à contraprova, que tinha ficado pendente da última sessão, relativamente ao pedido feito peto Sr. general comandante da divisão para que o Sr. Cunha Leal fôsse depor no Tribunal Militar.
A Câmara indeferiu o pedido.
Foi aprovado o requerimento do Sr. António Maia, e concedidas licenças a vários Srs. Deputados.
O Sr. Presidente: — Comunico à Câmara o falecimento do antigo Deputado Sr. Almeida Azevedo, que foi um magistrado ilustre e um homem de superiores qualidades de carácter e inteligência.
Proponho que a Câmara manifeste o seu pezar por êste facto.
S. Ex.ª não reviu.
O Sr. Carvalho da Silva: — Sr. Presidente: em nome da minoria monárquica associo-me comovidamente ao voto de sentimento que V. Ex.ª acaba de propor pela morte do Dr. Almeida Azevedo.
Pelo seu carácter, talento e vastíssimos conhecimentos, pela grandeza da sua alma Almeida Azevedo era admirado por toda a gente.
Almeida Azevedo foi um grande coração, que não soube nunca odiar os seus inimigos.
Êle era entre os membros da magistratura portuguesa um dos que tinha uma maior envergadura.
Não é êste o momento, ao prestar homenagem ao Dr. Almeida Azevedo, de proferir palavras que possam ir avivar ódios ou que possam porventura ir recordar factos relativos a procedimentos adoptados para com Almeida Azevedo.
Por isso abstenho-me de os referir aqui.
Não querendo alongar as minhas considerações, eu associo-me, comovidamente, em nome dêste lado da Câmara, ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Almeida Ribeiro: — Sr. Presidente: em meu nome pessoal e no dêste lado da Câmara, associo-me ao voto de sentimento pela morte de Almeida Azevedo,