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Sessão de 11 de Dezembro de 1923
dadão Adolfo Alves de Brito, que ficará na situação de inspector de zona, adido ao quadro do comissariado geral dos serviços de emigração, por não ter vaga no Funchal, e com direito de preferência a qualquer vaga que requeira, dentro da sua categoria.
Sala das Sessões, 11 de Dezembro de 1923. — O Deputado, Pires Monteiro.
Aprovada.
Para a comissão de redacção.
O Sr. Ministro da Guerra (António Oscar Carmona): — Sr. Presidente: não ouvi as considerações que produziram os Srs. Agatão Lança e Nuno Simões, mas vou responder a S. Ex.ªs em conformidade com o que o Sr. Presidente acaba de me transmitir. Se, porventura, a minha resposta não satisfizer, S. Ex.ªs terão a bondade de indicar os pontos em que eu áião correspondi ao que desejavam.
O Sr. Agatao Lança estranhou que o Govêrno não tivesse até agora comparecido nesta sala do Parlamento. Devo dizer que assuntos do ordem pública exigiram que o Govêrno estivesse reünido. Agora mesmo vim a correr ao Senado, no intuito de me demorar pouco tempo, pois tenho de comparecer em nova reunião do Govêrno e, se não fôsse avisado de que êsses ilustres Deputados desejavam a minha presença, já me teria retirado para essa reunião do Govêrno.
Como V. Ex.ª vê, parece-me que está plenamente justificada a falta do Govêrno, porquanto assuntos que se prendem com a ordem pública exigem a presença do Govêrno para dêles tratar.
Sei que alguns membros do Govêrno tencionam vir a esta casa para cumprirem o seu dever.
Arou satisfazer a curiosidade dos ilustres Deputados, Srs. Agatão Lança e Nuno Simões.
Como toda a gente sabe, deu-se ontem em Lisboa a tentativa de um movimento revolucionário que, a meu ver, teria uma larga envergadura, se, porventura, não fossem tomadas pelo Govêrno providências imediatas, completas, que deram em resultado, parece-mo, ter terminado ràpidamente essa sedição.
Aproveito a ocasião, como chefe do exército, para acentuar que a tentativa do movimento me deu uma grande satisfação, porquanto mostrou que em toda a parte, oficiais, sargentos e soldados, todos os militares estavam prontos a correr à primeira voz, para manterem a ordem pública, demonstrando assim que o País pode contar com o exército para manter a ordem.
Muitos apoiados.
Quere dizer, todos os militares, do uma maneira geral, procuraram cumprir com o seu dever.
Portanto o País pode contar com o exército.
Apoiados.
Não posso deixar de transmitir isto à Câmara, o que me encho de satisfação.
Muitos apoiados.
Como acentuei, não ouvi o que S. Ex.ªs desejavam saber.
Se, porventura, é pouco o que disse, pedia aos Srs. Deputados Agatão Lança e Nuno Simões a fineza de o indicarem.
O Sr. Nuno Simões: — Não pedi a presença do Sr. Ministro da Guerra nem do Govêrno nesta sala.
Foi o Sr. Agatao Lança quem, justificadamente, emocionado pelos acontecimentos desta noite, reivindicou para si, como parlamentar, o direito de exigir que o Govêrno, no cumprimento de um dever, viesse a esta Câmara dizer aquilo que se oferecia sôbre êsses acontecimentos.
Foi S. Ex.ª que pediu ao Sr. Presidente para transmitir os seus desejos, havendo S. Ex.ª declarado que o Sr. Ministro da Guerra se encontrava no Senado.
Nestas circunstâncias, o ilustre Deputado, Sr. Agatão Lança, solicitou a presença do Sr. Ministro da Guerra para S. Ex.ª vir aqui dizer o que entendesse sôbre o movimento debelado; aquilo, em suma, que entendesse dever dizer
O Sr. Ministro da Guerra disse que assuntos de ordem pública impediam o Govêrno de vir aqui.
Disse-o bem claramente.
Acredito sinceramente que o Govêrno, no cumprimento do seu dever, só preocupa neste momento com a ordem pública no País.
Acredito, e nada mais tenho a preguntar ao Sr. Ministro da Guerra.
Disse S. Ex.ª que assuntos de ordem pública impediam o Govêrno de vir aqui.