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Diário da Câmara dos Deputados
O Sr. Cunha Leal: — Faço a seguinte declaração em nome da minoria nacionalista.
Entendo que a disposição regimental está de pé.
Não estando presente o Sr. Ministro das Colónias, a minoria não pode discutir a proposta.
Só a discute estando, presente o Sr. Ministro das Colónias.
Apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Nuno Simões: — Desejo antes de entrar na discussão na generalidade desta proposta dar ao ilustre Deputado Sr. Vicente Ferreira, Ministro das Colónias, apresentante da proposta que vai discutir-se, uma explicação.
Longe de mim o não prestar a S. Ex.ª, às suas qualidades de carácter e à sua inteligência a minha justa homenagem.
Por isso mesmo, não podia atribuir-lhe qualquer atitude que de algum modo pudesse deminuir S. Ex.ª, que tem realmente não só a consideração que gozam na Câmara todos os parlamentares, mas, mais do que isso, a consideração especial que se deve aos homens públicos que se impõem à admiração dos seus concidadãos pelos seus méritos de inteligência e pelas suas virtudes.
O que eu quis dizer foi que a limitação do tempo que procurava imprimir-se à discussão, desta proposta de lei não se coadunava de nenhum modo, nem se coaduma com a sua importância, e de lastimar foi que se invocassem na Câmara razões que, podendo levar-nos à compreensão dos direitos e interêsses dos pretensos contratantes com a província de Moçambique, não nos impunham outra cousa que não fôsse fazer a discussão clara, larga e detalhada desta questão em ferinos de a propor já Câmara sacrificar, se necessário fôsse, as suas férias, mas não o debate, que necessàriamente tinha de fazer-se profunda e circunstanciadamente.
Sr. Presidente: dadas estas explicações, desejo declarar à Câmara que tenho pelo negociador do empréstimo a que aqui se aludiu e se falo no empréstimo que a Câmara não conhece o cujos termos e bases a Câmara ignora, é porque a êle aqui se fez referência — a maior consideração. O Sr. Augusto Soares, realmente, ocupou já na administração do País os mais altos cargos é pessoalmente, mercê da sua inteligência e do seu trato, uma individualidade que tem direito à consideração o simpatia de todos os republicanas.
Faço esta declaração para muito à vontade, exclusivamente em nome do interêsse público e com a largueza que q caso merece, reviver a história das negociações por aquilo que se tornou público, e ainda para fazer, a quem de direito possa responder-me às preguntas que reputo absolutamente necessárias, a fim de que a Câmara fique completamente elucidada não já sôbre a aplicação do empréstimo, sôbre que não temos que resolver, como bem disse o Sr. Ferreira da Rocha, mas sôbre as conseqüências da sua aplicação, de que não podemos abstrair, porque o futuro da província de Moçambique e o futuro do País estão com elas ìntimamente ligados.
O Sr. Presidente: — Previno V. Ex.ª de que faltam cinco minutos para terminar a sessão.
V. Ex.ª deseja continuar ou ficar com a palavra reservada?
O Orador: — Fico então com a palavra reservada.
O Sr. Presidente: — Amanhã há sessão às 14 horas, com a seguinte ordem de trabalhos:
Antes da ordem do dia: Parecer n.º 350.
Ordem do dia:
Parecer n.º 622 — empréstimo para a província de Moçambique. Está encerrada a sessão. Eram 19 horas e 40 minutos.
Documentos enviados para a Mesa durante a sessão
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Do projecto de lei n.º 621, que considera mortos em serviço da Pátria as au-