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24 Diário da Câmara dos Deputados

homenagem da minha admiração, não querendo saber do seu credo o convicções- políticas, tem condições para -levar por diante uma obra que interessa à sua pasta; e eu, que me deixei apaixonar pela obra do Sr. João Camoesas, só desejo que o Sr. Ministro actual tome a obra em projecto do seu antecessor, que limo porventura as arestas que ela possa conter, e a ponha em execução, porque assim prestará um serviço a êste País.

Deixei propositadamente para o fim um meu ilustre superior hierárquico, o Sr. Ministro do Trabalho. Eu sou daqueles que entendem que um funcionário, para poder discutir os actos de algum seu superior hierárquico, tem de deixar primeiro do ser funcionário, porque aliás coloca-se mal. Eu sou Provedor da Assistência Pública, lugar que ocupo gratuitamente. Não preciso da Assistência; esta é que me dizem precisar de mim; mas, se assim não é, o Sr. Ministro do Trabalho pode dispensar quando quiser os meus serviços, tanto mais se assim entender que eu melhor posso criticar os seus actos.

Acbo que o Sr. Ministro do Trabalho está pessimamente colocado na,sua pasta. De resto, o Sr. Álvaro de Castro não pode vir a público declarar que a pasta do Trabalho deve ser mantida, quando ela é indicada por toda a gente como uma pasta a mais. Há, contudo, dentro dessa pasta assuntos que são de alto interêsse para a vida social da Nação; mas o Sr. Lima Duque; no seu remanso de Coimbra, que trabalhos apresentou até hoje que o indicassem para aquela pasta?

Não; o Sr. Álvaro de Castro, se quere prestigiar o seu Govêrno, não pode conservar pastas condenadas para manter vaidades ou ambições, sejam de quem forem!

Mas, sobretudo depois do que ouvi ao Sr. Cunha Leal, depois do que ouvi na declaração ministerial e li nas entrevistas lançadas pelo Govêrno à imprensa, eu não conheço uma palavra que demonstre sequer o tanto de necessidade que há a fazer pela pasta do Trabalho.

O Sr. Lima Duque, que me dizem ser um médico distinto, prestes à reforma, está a mais na pasta do Trabalho, que toda a gente entende que deve ser extinta. Desculpe-me a Câmara se discuti actos

dum meu superior, mas as cousas são o que são o, por mais voltas que lhes dêmos, por mais habilidades que empreguemos, não há forma de alterar as faltas.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Baptista da Silva: — Sr. Presidente: pedi a,palavra para agradecer a V. Exa. e à Câmara o voto de sentimento aprovado pelo falecimento de minha mãe.

Muito obrigado a V. Exa. e à Câmara.

Tenho dito.

O Sr. Presidente: — A próxima sessão é amanhã, à hora regimental, com a mesma ordem de trabalhos «antes da ordem» e na «ordem do dia».

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 10 minutos.

Documentos mandados para a Mesa durante a sessão

Constituição de comissões

Caminhos de ferro:

Presidente, João Estêvão Águas.

Secretário, Tôrres Garcia.

Para a Secretaria.

Guerra:

Presidente, João Pereira Bastos.

Secretário, José Cortês dos Santos.

Para a Secretaria.

Administração pública:

Presidente, Abílio Marçal.

Secretário, Alfredo de Sousa.

Para a Secretaria.

Projectos de lei

Dos Srs. Vitorino Guimarães e Pires Monteiro, autorizando o Govêrno a ceder o bronze e proceder à fundição dos padrões comemorativos dos combatentes da Grande Guerra.

Para o «Diário do Govêrno».