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Sessão de 28 de Março de 1924 5

Eu devo dizer à Câmara que não me move qualquer interêsse contra a Companhia Carris, cujo serviço é, sem dúvida, modelar.

Porém, o que não é admirável é que uma companhia que tem um contrato sôbre viação esteja a explorar demasiadamente o povo.

Apoiados.

Se não pode cumprir o contrato, rescinda-o; e acabe-se com o monopólio, porque, quem não pode, arreia — desculpem-me V. Exas. o termo.

Sr. Presidente: não me interessa que o Govêrno me ouça ou não; falo para a Câmara, que com bastante atenção, me escuta.

Agradeço aos meus camaradas e amigos a atenção que dispensam às minhas palavras, que, embora desataviadas, traduzem sinceramente o que sinto.

O meu ardente desejo é que o País se não afunde, pois os monárquicos, não podendo combater-nos frente a frente, criam na sombra toda a qualidade de dificuldades e embaraços, esquecendo-se que a Pátria sem a República não pode existir.

Aproveito o ensejo para ler à Câmara um telegrama da Câmara Municipal de Lisboa, em que se diz o seguinte:

Leu.

Termino por aqui as minhas considerações, mais uma vez protesto contra a forma como a comissão arbitral dispõe da nossa bolsa.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra quando o orador haja revisto as notas taquigráficas.

O Sr. Velhinho Correia: Sr. Presidente: tinha mandado para a Mesa uma proposta, no sentido de serem marcadas sessões matutinas, a começar na próxima semana, para se tratar da questão da carestia da vida.

Essa proposta estava para ser admitida, e sôbre ela tinham-se inscrito vários oradores para falarem sôbre o modo de votar.

Desejava que V. Exa. me informasse da razão por que ela ainda não foi submetida à apreciação da Câmara.

O Sr. Presidente: — Devo informar V. Es.a que se encontra com a palavra re-

servada sôbre o assunto o Sr. Morais Carvalho.

O Sr. Jorge Nunes: — Sr. Presidente: desejava que V. Exa. me dissesse quando será marcada a interpelação que anunciei ao Sr. Ministro do Trabalho, como quem pretende ajustar contas, e se pela Secretaria do Congresso já foram mandados pedir ao Ministério da Agricultura os documentos que seguem, e que são essenciais para a interpelação que anunciei.

Leu.

O Sr. Presidente: — Em primeiro lugar tenho a informar que o Sr. Ministro do Trabalho ainda se não deu por habilitado para responder à interpelação anunciada por V. Exa.

Marcá-la hei quando a Mesa tiver conhecimento da informação do Sr. Ministro, devendo acrescentar que, antes, dela terão de realizar-se outras que já estão marcadas.

Quanto aos documentos devo dizer que ainda não chegaram a esta Câmara.

O Sr. Almeida Ribeiro (para um negócio urgente): — Sr. Presidente: está quási a findar a sessão legislativa ordinária. Como, porém, temos ainda importantes assuntos a tratar, como a discussão do Orçamento e outros, vou mandar para a Mesa uma proposta para que esta Câmara tome a iniciativa de prorrogar a sessão legislativa, pedindo para ela a urgência o dispensa do Regimento.

A proposta é a seguinte:

Estando próximo do fim a corrente sessão legislativa e havendo ainda a realizar uma considerável tarefa parlamentar na apreciação dos orçamentos e de outras medidas atinentes ao bem geral da Nação, proponho que esta Câmara tome a iniciativa da prorrogação, realisando-se oportunamente a sessão conjunta das duas Câmaras para êste efeito. — Almeida Ribeiro.

Aprovada a urgência e dispensa do Re-mento, a proposta entrou seguidamente em discussão.

O Sr. Jorge Nunes: — Declaro em nome dêste lado da Câmara que votamos esta