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16 Diário da Câmara dos Deputados

Maia se dirigia ao meu gabinete, e me mostrou o documento a que acaba de referir-se.

Li esse documento com toda a atenção, e devo declarar, como verdade, que nele não encontrei nada que de qualquer forma pudesse ferir, ao de leve que fôsse, a honra do Sr. António Maia.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Maia: — Agradeço ao Sr. Ministro da Marinha a amabilidade da sua resposta.

Sr. Presidente; vejamos ainda êsse relatório, diz ainda no seu artigo 4.°, que é o último:

Isto dito assim secamente, para quem não conhece o que foi pedido, pode fazer julgar que êste dinheiro não estava no cofre e por isso dirigi um requerimento ao Sr. Eduardo Martins.

Quem ô militar sabe que no exército e na marinha todos os corpos têm um fundo que se chamava o saco azul e que hoje é chamado o fundo particular 'da unidade.

Está isso regulamentado, existe hoje e tem existido sempre.

Pois bem, o Sr. tenente-coronel que fez a fiscalização disse o seguinte que vou ler à Câmara:

Leu.

Como a Câmara vê, êste pequeno caso, que poderia ser uma pequena sombra sôbre a minha honestidade, fica esclarecido, pois fica provado que não me abotoei, permita-se-me o termo, com o menor número de centavos do Estado.

Para a Câmara ver com que cuidado foi feito êsse relatório e sindicância, vou ler ainda algumas palavras dêsse fiscal:

Leu.

A Câmara vê que êsse homem foi até à minúcia de dizer que havia de fazer referência à quantia de $09; que não podia-deixar de ser pedida.

Mas se alguma cousa fôsse permitido citar para mostrar quanto a minha dignidade e honra estão sempre acima de qualquer suspeita, devo dizer que não tive dúvida de citar os testemunhos de um Ministro da Guerra, que disso que era necessário fazer a sindicância, de outro Ministro da Guerra e testemunho de oficiais lentes da Escola de Guerra.

Creio ter provado bem à evidência que

ninguém tem motivos para poder ter dúvidas sôbre a minha honestidade, nem dúvidas sôbre a minha honra.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Presidente: — Tendo de reunir o Congresso, interrompo esta sessão durante algum tempo.

Eram 18 horas e 5 minutos.

O Sr. Presidente: — Está reaberta a sessão.

Eram 19 horas e 55 minutos.

O Sr. Carlos Pereira: — O Sr. Ministro das Finanças desapareceu, e eu peço a V. Exa. a fineza de transmitir as minhas considerações a S. Exa.

No jornal A Batalha, órgão da Confederação Geral do Trabalho, afirma-se que a barca Bela Vista foi para o mar sem condições de navigabilidade, e que êsse estado foi verificado pelas próprias autoridades marítimas.

As agruras do mar fizeram vítimas.

Isto é grave e A Batalha narra tudo pormenorizadamente.

Quem é que paga as vidas dêsses marinheiros?

Peço, também, a V. Exa. o favor de chamar a atenção de S. Exa. para a maneira como se está procedendo à selagem das especialidades farmacêuticas.

O orador, não reviu.

O Sr. Presidente: — A próxima sessão é amanhã à hora regimental, com a mesma ordem de trabalhos.

Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 55 minutos.

Documentos enviados para durante a sessão

Projectos de lei

Do Sr. Amadeu Leite de Vasconcelos, autorizando os proprietários de terrenos atravessados por carreiros ou caminhos vicinais a vedá-los, sob designadas condições.

Para o «Diário do Govêrno».