O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 Diário da Câmara dos Deputados

O Orador: - Não pense V. Exa. nisso, e não querendo agora entrar em mais detalhes, tanto mais quanto é certo que a hora vai bastante adiantada, eu peço a V. Exa., Sr. Presidente, o obséquio de me reservar a palavra para a sessão de amanhã.

O orador não reviu.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Presidente: — Vai passar-se ao período antes de se encerrar a sessão.

Tem a palavra o Sr. Paulo Cancela de Abreu.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Sr. Presidente: pedi a palavra para antes de se encerrar a sessão para chamar a atenção do Sr. Presidente do Ministério para a desgraçada situação em que se encontram as pensionistas do Estado, pois a verdade é que devo haver três meses que não recebem as suas pensões.

Nada justifica semelhante procedimento, a não ser a política.

O Govêrno, porque não pode contar com a influência política das pensionistas do Estado, não lhes paga o que lhes deve, lançando-as numa situação de verdadeira miséria.

Peço, portanto, ao Sr. Presidente do Ministério que não descure o pagamento dessa dívida sagrada, porque nada há que justifique o atraso existente.

Sr. Presidente: pretendi há pouco tratar em negócio urgente do raid de Lisboa a Macau, com o propósito de indicar à Câmara a necessidade de ola afirmar o seu desgosto pelo percalço de que os ilustres aviadores foram vítimas, percalço que aliás em nada deminui a grandeza do seu feito e a sua coragem e arrojo.

Entendo, efectivamente, que a Câmara não pode ser alheia a êste facto, lamentando sinceramente o desastre e fazendo votos para que as dificuldades resultantes dêsse percalço se resolvam de maneira a que os ilustres aviadores possam levar a bom termo e seu empreendimento.

Apoiados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças {Álvaro de Castro): — Sr. Presidente: em resposta ao Sr. Cancela de Abreu, devo declarar que não tinha conhecimento de que não se tenha pago às pensionistas do Estado, e que vou mandar averiguar, dando ordem para se efectuar sem demora êsse pagamento.

Com respeito aos aviadores, o Sr. Ministro da Guerra adoptará as providências que o caso requer, para que êles possam completar a sua viagem, se o tempo, as monsões do Oriente, não se opuserem à continuação da rota aérea que êsses ilustres aviadores gloriosamente empreenderam.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. David Rodrigues: — Sr. Presidente: chamo a atenção do Sr. Presidente do Ministério para um telegrama que hoje recebi das forças vivas de Bragança, e em que se protesta contra qualquer medida projectada acerca daquela do liceu cidade.

Não sei, na verdade, Sr. Presidente, o que é que se pretende fazer, se bem que conste que o Govêrno vai acabar com o curso complementar de letras.

Chamo, pois, para o assunto a atenção do Sr. Presidente do Ministério, tanto mais quanto é certo que o Liceu de Bragança é um dos mais concorridos do país, merecendo por isso um pouco de atenção por parte do Govêrno.

De resto, Sr. Presidente, a supressão do curso de letras, a ser verdade o que se diz, representa uma economia muito pequena, em relação aos serviços que presta.

Nesta conformidade, eu chamo, repito, a atenção do Govêrno, pedindo ao Sr. Presidente do Ministério que tome o assunto na devida consideração, pois entendo que se trata dum acto de toda a justiça.

Em nome, pois, dos interêsses da cidade de Bragança, que tenho a honra de representar nesta casa do Parlamento, peço ao Sr. Presidente do Ministério o obséquio de tomar na devida consideração a reclamação que acabo de fazer.

Tenho dito,

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro de Castro): — Sr. Presidente: ouvi com a máxima atenção as considerações que acaba de fazer