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30 Diário da Câmara dos Deputados

de libras mandava abrir os créditos aproveitados pelos próprios interessados.

O Sr. Ministro da Guerra (Américo Olavo): — Parece-me que V. Exa. está enganado!

O Sr. Cunha Leal: — Talvez, porque isto, como disse, é uma série de trapalhadas que ninguém entende.

Não há dúvidas sôbre o pagamento; simplesmente sucede uma cousa: é que muitas vezes não mandam as libras para o Banco Ultramarino a tempo e horas, e como o Banco não tem fundos para pagar, não paga, e então as entidades queixam-se.

Mas não é só a aviação que havia a habilitar, eram os caminhos de ferro, que não têm verbas, eram os postos de Monsanto, que precisam da mesma cousa, etc. Enfim o que se torna absolutamente necessário é que no Orçamento venham indicadas as verbas precisas para pagar todos êsses serviços.

Tudo isto é uma série de quiproquós e de mal entendidos que nós havemos de remediar.

O Sr. Ministro da Guerra (Américo Olavo): — É êsse o meu propósito.

O Sr. Cunha Leal:—Desejaria que estas cousas entrassem num bom caminho, mas para isso, o que se torna necessário, é estudar a sério todas estas questões, e procurarmos por todos os modos colaborar uns com os outros.

O Orador: — Agradeço ao Sr. Ministro da Guerra, o desmentido formal que fez à notícia que vem nos jornais, mas o facto é que as diferenças de vencimento foram pagas ao Arsenal do Exército.

O que é que pedia o Parque Automóvel Militar?

Que se pagassem êstes meses aos seus operários que por lei recebem a mesma cousa que os operários do Arsenal do Exército.

Efectivamente os operários pensaram em procurar o Sr. Ministro da Guerra, mas o Sr. director do Parque Automóvel não permitiu que êles saíssem, prometendo êle tratar do assunto, como tratou mas, o Sr. Ministro da Guerra continua a dizer que não.

Há mais, Sr. Presidente.

Desde o ano passado que está pedido para o Parque Automóvel Militar um oficial da Administração Militar; êsse oficial já foi nomeado, a sua nomeação já veio na Ordem do Exercito e ainda lá não chegou.

Porquê?

Porque está no Ministério da Guerra, porque tem amigos, porque tem conhecimentos e porque finalmente tem loja em Lisboa e não pode ir para Alverca.

O Sr. Ministro da Guerra( Américo Olavo) (interrompendo): — O que não posso, é deixar de ter um oficial do Conselho Administrativo na Secretaria da Guerra, onde transitam verbas consideráveis.

Àpartes.

O Orador: — O que é também certo, é que oficiais da Administração Militar estão nos correios e telégrafos, serviços de que não têm prática.

Àpartes.

O que é também certo, é que se está na situação que expus.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — A próxima sessão é amanhã, 27, às 14 horas, com a seguinte ordem do dia:

Antes da ordem do dia:

A que estava marcada. Parecer n.° 702, que autoriza a liquidação de deficits das Misericórdias.

Ordem do dia:

Negócio urgente do Sr. Vergílio Costa, e que estava marcado.

Está encerrada a sessão.

Eram 21 horas.

Documentos enviados para a Mesa durante a sessão

Projecto de lei

Da comissão de previdência social, autorizando o lançamento de um adicional, sôbre as contribuições do Estado, para