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Sessão de 3 de Junho de 1924 13

Há 10 meses que os governos vêm prometendo ao pessoal dos correios e telégrafos que atenderão as suas reclamações, protelando sempre o assunto.

A plataforma apresentada pelo Sr. João Camoesas teria tido toda a oportunidade anteriormente, mas hoje não a tem.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Cancela de Abreu (para interrogar a Mesa): — Sr. Presidente: peço a V. Exa. a fineza de me informar, em face do actual regime do funcionamento da Câmara, em que altura se entra no período de «antes de se encerrar a sessão».

O Sr. Presidente: — Observando rigorosamente o Regimento parece-me que o período de «antes de se encerrar a sessão» deve ser no final da mesma; mas, como a sessão é interrompida para reabrir à noite, a Câmara resolverá.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Nano Simões): — Sr. Presidente: no decorrer dêste debate apenas um desejo tenho visto manifestar do todos os lados da Câmara: o de que se salve o prestígio do Poder e se faca inteira justiça.

Como o Govêrno não afirmou outro desejo também, e como sé encontra presente o Sr. Presidente do Ministério para dizer politicamente o que se lhe oferecer sôbre o assunto, eu limito-me a declarar aos Srs. Deputados que me interrogaram acerca da situação do Sr. Administrador Geral dos Correios e Telégrafos que entre o Sr. António Maria da Silva e o Ministro do Comércio continuam, como sempre, as melhores relações, não tendo qualquer interferência directa com a Direcção-Geral dos Transportes.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Vai proceder-se à votação das moções.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Álvaro de Castro): — Sr. Presidente: pedi a palavra simplesmente para declarar à Câmara que o Govêrno aceita as moções enviadas para a

Mesa pelos Srs. Pina de Morais e Pedro Pita.

O Sr. António Correia (para um requerimento): — Sr. Presidente: peço a V. Exa. a fineza de consultar a Câmara sôbre se me autoriza a retirar a minha moção.

O Sr. Carvalho da Silva (sobre o modo de votar): — Sr. Presidente: dou o meu voto ao pedido do Sr. António Correia e verifico que o próprio Govêrno reconhece que não conseguiria arrancar à Câmara a votação duma moção de confiança em tais termos.

Tenho dito.

Foi aprovado o requerimento do Sr. António Correia e retirada a sua moção.

O Sr. Presidente: —Vai votar-se a moção do Sr. António Maia. Foi lida na Mesa.

É a seguinte:

Moção

A Câmara dos Deputados, ouvidas as declarações do Sr. Ministro da Guerra, e reconhecendo que a atitude do Govêrno contribuiu, e muito, para que o conflito telégrafo-postal se agravasse, passa à ordem do dia.— António Maia,

O Sr. António Maia: — Requeiro votação nominal.

Foi aprovada em contraprova. Procedeu-se à chamada.

Disseram «aprovo» os Srs.:

Alberto Lelo Portela.

Amaro Garcia Loureiro.

António de Sousa Maia.

Artur Alberto Camacho Lopes Cardoso.

Artur Brandão.

Artur de Morais Carvalho.

Artur Virgínio de Brito Carvalho da Silva.

Constâncio do Oliveira.

Francisco Cruz.

João José da Conceição Camoesas.

José Marques Loureiro.

José Novais de Carvalho Soares de Medeiros.

Lúcio de Campos Martins.

Manuel de Sousa da Câmara.

Paulo Cancela de Abreu.