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Sessão de 6 de Junho de 1924 5

ou não à votação o requerimento que há pouco apresentei.

O Sr. Presidente: — Vou pôr à votação os negócios urgentes e a Câmara resolverá como entender.

O Sr. Júlio Gonçalves: - Mas porque motivo não submete V. Exa. o meu requerimento à votação?

O Sr. Presidente: — O pedido de palavra para um requerimento não prefere.

Pausa.

O Sr. Júlio Gonçalves: — Mas o meu requerimento foi feito precisamente sôbre o assunto em discussão.

O Sr. Presidente: — Eu dei a V. Exa. a palavra sôbre o modo de votar, mas como V. Exa. se refere ao procedimento da Mesa, devo dizer o seguinte:

Muito propositadamente e com a imparcialidade que costumo ter sempre neste lugar (Apoiados), dei conhecimento à Câmara dos quatro negócios urgentes, o que, de resto, podia ter deixado de fazer.

Nestas condições, V. Exa. não tem de estranhar o meu procedimento.

O Sr. Cunha Leal (sobre o modo de votar): — Visto que se está falando sôbre o modo de votar, é porque suponho que está sujeito à votação o primeiro negócio urgente.

Mas é bom que esclareçamos o incidente, porque V. Exa. disso há pouco à Câmara que havia uma maneira muito simples de dar a prioridade à votação do negócio urgente do Sr. Paiva Gomes.

Recusa o seu voto aos primeiros três negócios urgentes e aprova o quarto. Desta maneira evitamos interpretações abusivas do requerimento.

O Sr. Paiva Gomes: — Sr. Presidente: Havia pedido a palavra para um requerimento.

O Sr. Presidente: — Já disse que antes da ordem do dia a palavra para requerimentos não prefere.

O Sr* Paiva Gomes: — Peço a palavra sôbre o modo de votar.

O Sr. Presidente: — Tem V. Exa. a palavra.

O Sr. Paiva Gomes (sobre o modo de votar): — Peço a V. Exa. para consultar a Câmara sôbre se consente que eu retire o meu negócio urgente.

Foi retirado o negócio urgente do Sr. Paiva Gomes.

O Sr. Presidente: — Consulto a Câmara sôbre se considera urgente o negócio apresentado pelo Sr. Carvalho da Silva.

A Câmara não considerou urgente o negócio do Sr. Carvalho da Silva.

O Sr. Presidente: — Vou pôr à votação o negócio urgente do Sr. Ferreira da Rocha.

O Sr. Paiva Gomes (sobre o modo de votar): — Entendo que êste assunto deve ser discutido ria presença do Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. Ferreira da Rocha: — No meu, pedido de negócio urgente não solicitei a presença do Govêrno, mas o Sr. Ministro das Finanças sabe que eu pretendo ocupar-me do assunto na sessão de hoje.

O Sr. Velhinho Correia: — V. Exa. diz-me se o negócio urgente prejudica a ordem do dia?

O Sr. Presidente: — Certamente que o negócio urgente prejudica a ordem do dia. Está na Câmara evitar maior prejuízo, não votando a generalização do debate, cingindo-o ao Sr. Deputado interpelante e à resposta do Sr. Ministro.

O Sr. Presidente: — Consulto a Câmara sôbre o negócio urgente do Sr. Ferreira da Rocha.

A Câmara considerou urgente.

O Sr. Velhinho Correia: — Requeiro a contraprova.

Procede-se à contraprova, dando o mesmo resultado.

O Sr. João Luís Ricardo: — A interpretação que o Sr. Presidente dá à votação da Câmara é de que o negócio urgente