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26 Diário da Câmara dos Deputados

timo que se me afigura profundamente anti-nacional.

Se, porventura, nós chegámos, à situação de ter as nossas colónias neste estado, toda a questão se resume nisto: ou numa desnacionalização forçada, ou uma desnacionalização disfarçada.

Eu não votarei, por conseguinte o empréstimo, e foi apenas a razão dêste meu voto que eu quis afirmar à Câmara, salvando a minha responsabilidade futura para 4ue ela caia inteiramente sôbre aqueles que nesta Câmara, não sei se por ignorância se .por inconsciência, assim comprometem o futuro daquilo que justifica aos olhos do mundo a nossa razão de ser como povo livre.

Tenho dito.

O Sr. Portugal Durão: — Duas palavras apenas para responder ao Sr. Ministro das Colónias que me deu a honra de se referir ao que eu disse. Procurarei resumir, porque há muito tempo que ocupo a atenção da Câmara com questões acerca da província de Moçambique.

Debate-se o empréstimo, e, apesar de S. Exa. me dizer que eu versei vários assuntos alheios à questão, direi a S. Exa. que estou convencido de não me ter afastado do assunto. Não se pode tratar de um empréstimo para a província de Angola o Q Moçambique, ou qualquer outra, ou para qualquer empresa ou Banco, sem se encarar a situação da província ou da entidade que vai contrair êsse empréstimo. - Não me ocupei, por exemplo, de uma questão importantíssima de que me devia ocupar, da questão agrária, para a qual devo chamar a atenção da Câmara.

Para o Transvaal vão, por ano, 90:000 homens, rapazes novos. O problema é complexo. Tudo isto se liga com o empréstimo.

Estou novamente tomando tempo à Câmara, mas desejava responder ao Sr. Ministro de quem me cumpre receber o aviso para que para a outra vez seja mais cuidadoso na maneira de tratar das questões.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Paulo

Cancela de Abreu: - Sr. Presidente: pelas considerações que fiz nesta Câmara ficaram todos sabendo que nós não queremos que, por qualquer motivo, fique o nosso nome com responsabilidades ligadas à proposta que vai votar-se, nem desejamos que o Alto Comissário de Moçambique contraia o empréstimo nestas condições.

Como vão ser votadas as emendas do Senado, e sabemos que todos estão de acordo em votá-las, declaro a V. Exa. que, para que o nosso nome não fique ligado a essa votação, saímos desta sala, a fim de não votarmos o artigo 2.° da proposta.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — Vai votar-se o artigo 2.°

É aprovado.

O Sr. Hermano de Medeiros: — Requeiro a contraprova e invoco, o § 2.° do artigo 116.°

O Sr. Presidente: - Os Srs. Deputados que rejeitam queiram levantar-se.

Estão de pé 6 Srs. Deputados e sentados 42.

Não há número, pelo que se vai proceder à chamada.

Procedeu-se à chamada.

Disseram «aprovo»:

Abílio Correia da Silva Marçal.

Adriano António Crispiniano da Fonseca.

Albano Augusto de Portugal Durão.

Alberto Ferreira Vidal.

Alfredo Rodrigues Gaspar.

Álvaro Xavier de Castro.

Amaro Garcia Loureiro.

António Abranches Ferrão.

António Albino Marques de Azevedo.

António Augusto Tavares Ferreira.

António Correia.

António Maria da Silva.

António Pais da Silva Marques.

António de Paiva Gomes.

António Pinto de Meireles Barriga.

Artur Brandão.

Baltasar de Almeida Teixeira.

Bernardo Ferreira de Matos.

Constâncio de Oliveira.

Custódio Martins de Paiva.

Delfim Costa.