O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6 Diário da Câmara dos Deputados

Era êste o pedido que desejava fazer a V. Exa. pedindo-lhe mais o obséquio de me reservar a palavra para, quando esteja presente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Tenho dito.

O Orador não reviu.

O Sr. Viriato da Fonseca: — Sr. Presidente: Tinha pedido a palavra estando presente o Sr. Ministro das Colónias e, assim, peço a V. Exa. o obséquio de ma reservar para quando S. Exa. estiver presente.

O Sr. Carlos de Vasconcelos: — Sr. Presidente: como não está presente o Sr. Ministro das Colónias, peço a V. Exa. o obséquio de mo reservar a palavra para quando S. Exa. esteja presente. Aproveito a ocasião de estar com a palavra para mandar para a Mesa um projecto de lei que regula os vencimentos dos oficiais de referva e reformados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Dinis de Carvalho: — Peço a V. Exa. o obséquio de me reservar a palavra para quando estiver presente o Sr. Ministro da Instrução.

O Sr. Marques de Azevedo: — Pedi a palavra para pedir a V. Exa. o obséquio de consultar a Câmara sôbre se permite que antes da ordem, e sem prejuízo dos oradores inscritos entre em discussão o parecer n.° 590.

O Sr. Carlos Pereira: — Sr. Presidente: há tempos eu fiz uma reclamação ao Sr. Ministro da Marinha, no sentido de ver se S. Exa. provia de remédio a um facto dado em S. Martinho do Pôrto. É o caso de, não havendo barcos para os pilotos, não sendo, portanto, possível com os proventos da pilotagem construir um barco para a fazer se encontrar aquele porto em condições excepcionalíssimas, quais sejam as de não permitir a entrada aos pequenos barcos costeiros que lá costumam aportar, e nomeadamente àqueles que no fim do verão por ali passam com destino ao Algarve, e vão buscar frutas e madeira.

Sr. Presidente: quere-me parecer que nas disponibilidades que só encontram no Ministério da Marinho seria fácil talvez encontrar um fundo que só destinasse à aquisição dum barco que servisse para a pilotagem naquele porto.

Bom será que eu não descortine por parte do Govêrno o propósito de criar dificuldades à solução dêste assunto, porque então ver-me hei na necessidade de retribuir, com juros acumulados, os propósitos de não se atender uma reclamação justas e a vender caros os interêsses da minha terra, não obstante eu saber que por disposição constitucional, não sou Deputado do meu círculo, mas da nação

Espero que o Govêrno não procure criar dificuldades a esta aspiração, condenando assim a uma morte certa os que, por um hábito antigo, se dêem ainda a considerar aquele porto como valendo alguma cousa.

Todavia, se o Govêrno, ao contrário dos povos dessa região, entende que êle não serve para nada, eu tenho elementos suficientes pura lhe amargurar a existência aqui neste mar largo, onde, sem muita água benta, basta falar uma meia hora sôbre cada assunto para nada marchar.

Eu sei que aqueles que não têm por costume subir amiudadas vezes as escadas dos Ministérios, são considerados valores desprezíveis para os Governos.

E, porque o sei; eu continuarei a ser para todos os Governos pelo menos aquilo que êles parecem ambicionar mais que tudo, isto é, um valor numérico.

Mas também é bom que se registe que eu estou disposto a ser um valor de revanche.

Doutro assunto respeitante à minha terra eu desejo ocupar-me, e êsse corre pela pasta do Comércio.

Trata-se do colector geral de S. Martinho, cujo estado de conservação constitui um perigo eminente para a sanidade daquela terra, principalmente nesta época, em que ela se encontra já cheia de banhistas.

As iniciativas particulares, estão provendo a êste facto, mas não lhos podemos abandonar tudo, e eu creio que tenho o direito de pedir alguma cousa para a minha terra, que até agora me dá a vaidade de poder dizer que é a única localidade onde não existem analfabetos, o que