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6 Diário da Câmara dos Deputado"

Acompanho S. Exa. na idea que forma do funcionário escolhido por S. Exa. para governador interino da província de Macau. É um funcionário que reúne as qualidades exigidas para exercer êsse lugar, suponho mesmo que de todos os funcionários que só encontram neste momento na colónia de Macau é aquele que reúne maior número do qualidades.

O funcionário em questão é um coronel do exército o já desempenhou por uma outra ocasião a interinidade do govêrno da província. Considero-o um homem de carácter e muito conhecedor dos problemas da administração de Macau, pois, que tem feito a sua carreira nas colónias do Extremo Oriento,

Sôbre perseguições a funcionários republicanos, também perfilho a opinião do Sr. Mariano Martins de que êsses factos não devem ter-se dado.

Recebi, é certo, um telegrama do Sr. governador interino de Macau pedindo autorização para dar por finda, por motivo de doença própria e de pessoa de família, a comissão do determinado oficial.

E eu, que primeiramente me tinha inclinado a autorizar que a comissão dêsse oficial fôsse dada por finda, tendo recebido uma informação do Sr. governador efectivo, da província do que podia tratar-se de um acto em que houvesse qualquer sombra de má vontade, respondi ao Sr. governador interino de Macau que autorizava que a comissão dêsse oficial fôsse dada por fiada desde que êsse acto fosso praticado de acordo com o mesmo oficial.

O que posso garantir à Câmara é que, com o meu assentimento, nenhuma perseguição de funcionários republicanos será feita. E creio que, com as explicações que dei, o Sr, Mariano Martins considerará o assunto esclarecido.

O Sr. Rodrigo Rodrigues: - Não na qualidade do governador de Macau, mas na de Deputado, como todos os meus ilustres colegas que se encontram aqui presentes, sinto-me naturalmente numa situação um pouco difícil para, a propósito de um caso perfeitamente fortuito, definir com precisão o meu ponto de vista sôbro o assunto que foi tratado pelo ilustre Deputado Sr. Mariano Martins.

Chamou S. Exa. a atenção do Sr. Ministro das Colónias para perseguições que eram feitas a funcionários republicanos da colónia de Macau, e o Sr. Ministro respondeu que o funcionário que actualmente é governador interino daquela província lhe merecia toda a confiança como oficial do exército e como pessoa cumpridora dos seus deveres, tendo pormenorizado também o caso sucedido com um oficial muito dissinto, e, por todos nós conhecido, o capitão Sr. Camilo de Oliveira.

Seria necessário expor cada caso em particular, e, determiná-lo, para que a Câmara pudesse avaliar bem que, na verdade, existem na província do Macau más vontades contra os poucos oficiais republicanos que se encontram naquela colónia.

Mas um caso que marca mais que todos os argumentos é o facto de que êsses oficiais têm sido, uns após outros, mandados para fora daquela colónia, por motivos que serão muito burocráticos mas que, por si só, falam de tal modo que bem demonstram que se trata de uma perseguição sistemática àqueles oficiais que são conhecidos como republicanos.

Como disso, encontro-me numa situação em que não posso estar a tratar de cada caso em particular, mas toda a gente sabe que por detrás das palavras se escondem, maneiras de proceder que oficialmente o claramente são difíceis de definir. Porém, o que fica bem notado é que isso representa uma poi arguição política em casos como o da natureza dêste a que há pouco me referi.

Eu não digo que o oficial que lá está como governador interino não seja um oficial muito distinto e muito digno, mas sim que não tom critério político para respeitar os indivíduos que ali estão e que, além do mérito e do valor que possuem, são caracterizados pelos seus serviços às instituições.

Eu peço à Câmara que não forme agora o seu juízo, mas sim que resolva depois, quando, porventura, viermos a entrar na apreciação dos factos relativos a cada funcionário, como por exemplo sindicâncias, as quais foram ordenadas com um sentido evidentemente perseguidor.

Repito, eu só peço à Câmara o seguinte: a fineza de sustar, por agora, a sua apreciação sôbre êste assunto, para depois, em face dos factos devidamente