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6 Diário da Câmara aos Deputados

ingénuos declarou que tinha ali ido por indicação do capitão X, que o trouxera de automóvel.

O quartel general levantou o auto o provou-se a conivência dêsse capitão.

Protesto indignadamente e protesto principalmente por se dizer que o processo foi arquivado.

E indispensável que o Sr. Ministro da Guerra mande rever êsse processo, pois quem ficou mal colocado foi um velho o honrado republicano, José da Silva Bandeira, o ficou bem colocado o capitão miliciano, que é bem conhecido em Coimbra pela forma, como desempenha as funções oficiais. Não há da minha, parto acinte nem pessoal nem político, mas unicamente o intuito de prestigiar a fôrça armada, pois o exército precisa sobretudo, mais do que das melhores armas, de prestígio moral.

Tenho a certeza do que o Sr. Ministro da Guerra vai rever o processo.

Desejava também chamar a atenção do Sr. Ministro da Guerra para a nomeação que se fez do mais na médico para a Companhia, de Saúde de Coimbra, cousa que não faz sentido nesta época na compressão de despesas. Eu sei que o Sr. Ministro da Guerra me vou dizer que é do quadro.

Contra essa nomeação protesto, porque ou tendo que a atitude do Sr. Ministro da Guerra devia ser a de extinguir o lugar, em virtude do Coimbra ter já três médicos militares.

Indo nós por êste caminho, nada conseguiremos no campo da compressão do despesas.

Mas, Sr. Presidente, o mais gravo é que, determinando o regulamento geral do exército que os médicos só depois do feito o respectivo concurso, e deestarem seis meses em estágio num hospital, é que poderão ser colocados nas unidades, esto foi imediatamente fazer serviço num regimento.

Ora isto não prestigia a República, e, por isso, peço providências ao Sr. inistro da Guerra.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Guerra (Vieira da Rocha): - Ouvi as considerações do Sr. Torrês Garcia e devo dizer a S. Exa.

que não foi só no distrito do recrutamento n.° 23, de Coimbra, que só deram vários casos anormais.

Além de outros, tenho estado a examinar o relatório do averiguações da junta regimental do regimento de infantaria n.° 20, com sede em Guimarães, e, brevemente, terão despachos convenientes, devendo dizer a V. Exa. a que será feita justiça, de harmonia com as disposições legais.

O Sr. Torrês Garcia (interrompendo): - Mas, não se esqueça V. Exa. de que o processo relativo a Coimbra já está arquivado por sua ordem.

O Orador: - Com relação a Coimbra, disse V. Exa. que se apresentaram 719 mancebos, que foram aprovados e que actualmente apenas 3 estão ao serviço. V. Exa., porém não disse a e alguns foram isentos temporàriamente, e, neste caso, terão êste ano de voltar à inspecção.

Não é realmente fácil, entre tantos mancebos que são presentes
ás juntas, fazer com que todos sejam apenas para o serviço militar. Em geral, a havia, que está estabelecida, quando é levada ao máximo, é de 40 a 45 por cento, mas, as médias actuais, depois da grande guerra, nunca têm passado além de 15 a 20 ou 25 por cento.

Portanto, afigura-se-me que é esta a forma de trazer ao exército o a homens mais válidos, os médicos na maioria dos casos se procedem bem, tanto mais que não há, presentemente, necessidade absoluta do que ingressem nas fileiras os indivíduos que não tenham robustez e fôrça física suficientes.

E foi certamente êste facto que levou os médicos da junta de Coimbra a tomar a resolução do fazer as classificações há pouco indicadas.

Todavia, eu, como já disse, tenciono chamar a mini os processos relativos a todas as juntas, os quais se fizeram de harmonia com uma circular do meu ilustre antecessor, e, depois do os examinar cuidadosamente, procederei como fôr de justiça.

Em resposta às considerações que o ilustre Deputado Sr. Torrês Garcia fez sôbre juntas médicas de inspecção, nada mais poderei acrescentar.