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Sessão de 1 de Junho de 1925 27

uma proposta nesse sentido, esperando o beneplácito do Sr. Ministro das Finanças o que V. Exa., Sr. Presidente, aceito esta proposta.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taguigráficas que lhe foram enviadas.

Leu-se e foi admitida.

Artigo novo

Proponho o seguinte artigo novo:

Artigo... igual pensão é concedida à mãe do capitão de fragata João Fiel
Stockler.

Admitida.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Vitorino Guimarães): - Pedi a palavra para declarar que até agora o Govêrno ignorava essa circunstância, mas que dá o seu apoio à proposta do Sr. Ginestal Machado.

O Govêrno não conhecia a situação em que se encontrava a mãe dêsse grande militar e prestimoso cidadão.

Soube depois que essa proposta seria apresentada por parte dos seus correligionários, e, assim, o Govêrno entendeu que não devia antecipar-se, deixando, por isso, aos amigos políticos do falecido a satisfação, que certamente teriam, de que essa proposta fôsse enviada para a Mesa por êsse lado da Câmara.

Foi essa a única razão por que a proposta não foi apresentada pelo Govêrno, mas, nós fazemo-la nossa, e, procedendo assim, pena é que seja esta a única homenagem que podemos prestar a êsse grande republicano, que foi o comandante Stockler.

Apoiados.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: - Sr. Presidente: viu V. Exa., como viu a Câmara, que ao discutir-se a proposta por V. Exa. apresentada para os votos de sentimento, nem uma palavra nós pusemos nessa discussão, que pudesse ter qualquer nota política.

Não achamos nunca asado um momento dessa ordem para fazer declarações políticas, ou para trazer o aspecto político para uma discussão dessa natureza, e, ainda mesmo quando provocados a fazer considerações dessa espécie, nós temos por sistema não nos darmos por achados de tal.

Quem assim procede, Sr. Presidente, demonstra que não quere fazer política com a morte de qualquer adversário, e isso dá-nos mais autoridade para que ninguém possa atribuir à oposição que fazemos às propostas em discussão qualquer intuito que possa representar menos respeito para com os mortos.

No emtanto, a situação financeira do País é demasiadamente grave.

Começou o Sr. Presidente do Ministério por mandar para a Mesa uma proposta de pensão à viúva de João Chagas, e eu pregunto a S. Exa. se tem a certeza absoluta de que as circunstâncias em que esta senhora ficou lhe não permitem viver sem a proposta apresentada.

Não tenho disso a certeza, e ainda hoje ouvi nesta Câmara, os Srs. Ginestal Machado e Sá Cardoso alvitrarem que o Estado comprasse a biblioteca do falecido.

Evidentemente que essa circunstância e a não certeza de que a viúva tivesse ficado em más condições seriam razões bastantes para que êste lado da Câmara entendesse que não nos devíamos pronunciar de repente sôbre esta proposta.

Dessa maneira, não lhe damos, portanto, o nosso voto, e entendamos que não se pode continuar no caminho de votar pensões sôbre pensões, principalmente quando se não sabe se essas pensões representam realmente necessidades imprescindíveis para as pessoas a cujo favor se querem votar.

Apresentou o Sr. Ginestal Machado uma proposta para que igual pensão fôsse votada para a mãe do Sr. João Fiel Stockler.

Devo dizer que é com profunda mágoa que o dever me impõe fazer oposição à proposta do Sr. Ginestal Machado, e digo com profunda mágoa, porque o Sr. comandante João Fiel Stockler foi meu condiscípulo e a êle me ligaram relações de muita e sincera amizade.

Sinto muito e muito a sua morte.

Tenho muita saudade dos tempos em que juntos andávamos, e não há nada