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6 Diário da Câmara dos Deputados

(Receamos, por informações, que haja interêsses alemães metidos nesta proposta, em virtude das boas condições oferecidas);

b) De Companhias japonesas. (Há duas propostas, sendo uma com carácter oficioso e por intermédio do um agente diplomático);

c) Embora o Govêrno Português não tenha recebido nenhuma oferta, concreta, como das outras origens, tem contudo recebido pedidos de informação de origem americana, e ainda recentemente esteve em Macau um representante da Associated Press porá o mesmo fim.

O Govêrno Português entende que nada deve avançar sem primeiro se entender com o Govêrno Inglês.

Porém, como o Govêrno Inglês fàcilmente compreende, não podemos pôr completamente de parte estas propostas sem saber previamente com que poderemos contar do seu lado, e o Govêrno Português não pode deixar de começar a cuida, desde já do futuro do seu pôrto.

O Govêrno Português estava na disposição de realizar toda a obra com os seus próprios recursos, para o que tinha os suficientes meios.

Está dada a empreitada da construção do porto à Companhia Holandesa, por 6:000.000 de patacas que já existem em cofre o a outillage do pôrto está já garantida com o valor dos terrenos adquiridos ao mar, para a aquisição dos quais há já grande número de propostas; mas para evitar a especulação que se tem desenvolvido em volta do porto, o para definir um critério político e comercial seguro, julga o Govêrno Português talvez preferível a organização do pôrto o suas ligações por meio de urna Companhia em que estejam simultaneamente representados capitais portugueses, ingleses e chineses, evitando de futuro qualquer influência política inconveniente.

Assim, como mora hipótese, pensa o Govêrno na possibilidade de entregar o pôrto o as ligações a estabelecer a uma Companhia que podeiia ter o nome de "Companhia do Pôrto e Caminho de Ferro de Macau" e que tivesse por fim a construção e a administração do porto, ligação ferroviária para o S. W. da província de Knong Tung (Cong-Mun e Shiu-Huig Fu) e ligação marítima com as colónias portuguesas e Lisboa, com subsídio do Govêrno e tratamento diferencial no pôrto de Lisboa.

O capital da Companhia seria subscrito na percentagem de 60 por cento português e o restante dividido entre ingleses o chineses, conforme o Govêrno Inglês entendesse.

O Govêrno Português não deseja arriscar um passo neste caminho sem ser no melhor entendimento com a Inglaterra, esperando fazer por seu intermédio a melhor política de aproximação e entendimento com a China".

Êste passo foi dado sem autorização do Govêrno ia metrópole, e sendo mais tardo preguntado ao governador de Macau quem o autorizara a dá-lo, êle respondeu evasivamente.

Esta pregunta foi feita pelo Ministro das Colónias, de então, Sr. Vicente Ferreira.

Anos depois, ao encontrar-se em Genebra, também como representante do Govêrno Português, segundo consta de um relatório apresentado ao Govêrno, dirigiu só de novo no Govêrno Inglês, na mesma ordem do ideas.

Leu.

Trecho de um relatório do Sr. Rodrigo Rodrigues:

"Não devo ocultar, pois, que a situação piorou sensivelmente, pela obstinação só da Inglaterra que quere fazer obra que se veja-já que nada mais sai desta conferência - à nossa custa. E creio que esta obstinação não é maior - já admitem 3 anos do período transitório - porque já tive ocasião de falara Mr. Fletcher, secretário colonial do Hong-Kong, que aqui está como adriser, sôbre a necessidade de um entendimento relativo à administração do pôrto de Macau... Isto sei que já foi comunicado para o Colonial Office, de Londres, por êle e pelo chefe da missão aqui".

Como disse à Câmara, numerosos são os documentos de que eu disponho para a elucidar sôbre o assunto de Macau.

Parece-me que a Câmara não formava um juízo suficientemente esclarecido da importância que o assunto reveste e que recomenda a sua urgência, pelo menos