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32 Diário da Câmara dos Deputados

comunicar nada para o Ministério das Colónias, sem fazer alarido, como outras tantas cousas; porém, repito mais uma vez êste acto que pareço de ma administração, mas do uma boa intenção, deve merecer por isso uma certa indulgência por parte daqueles que tem de o julgar, o eu mio fiz mais do que apontar à Câmara para, ela bem apreciar a forma como eu procedi.

O Sr. Presidente: - Devo prevenir V. Exa. do que já são horas do se passar ao período ao antes de se encerrar a sessão.

O Orador: - Nesse caso, peço a V. Exa. o obséquio de me reservar a palavra para a sessão de amanhã.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes temias, restituir as notas taquiyráficas que lhe foram enviadas.

Os "àpartes" não foram revistos pelos oradores que os fizeram

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Marques Loureiro: - Sr. Presidente: no Diário de Noticias de hoje vem, sob a epígrafe "Interesses do Mirandela", um telegrama em que se comunica o regosijo que ali lavra em virtude do uma oferta feita pelo Sr. Presidente do Ministério do 2:000$, para obras urgentes a efectuar nessa região.

Sr. Presidente: numa época de penúria, como é aquela em que nos encontramos, uma oferta do 2.000$, em vésperas de eleições, à alguma cousa, pois não é para acreditar que o telegrama seja falso, ou menos verdadeira a notícia dada por êsse jornal.

É claro que um vigário a mais ou a menos a diferença é pequena; mas êsses escudos não poderiam, em caso algum, ser motivo para grande júbilo, porquanto não se trata de obras urgentes a efectuar naquela região, e, ainda, porque o fim que se lho atribuí é para cemitério ou fonte.

Isto daria motivo a um comentário alegro se a ocasião só compadecesse com isso, porque não se compreendo que aos eleitores só fosso dar agora uma fonte.

quando ao que êles estão acostumados é a vinho.

Eu represento o círculo de Silves, e como quem não tem padrinhos morro mouro, e como eu os não possuo, o círculo do Silves não teve um centavo neste bodo.

Eu sei também que o Sr. Ministro do Trabalho, seguindo aquele aforismo popular, de que quem parto e reparte e não fica com a melhor parte é tolo, o porque S. Exa. não é tolo, conseguiu que para o se a distrito de Aveiro se arredondasse a importância para GO contos, isto é, cinco dúzias perfeitas e completas.

Por tudo isto, Sr. Presidente, ou desejaria que o Sr. Presidente do Ministério esclarecesse o representante dêsse eficulo de Silves, que aqui quere esquecer se que é Deputado da Nação, dizendo que não PO trata de 2,000$, que é uma ironia pungente, ou que só trata apenas de um conto do vigário.

Esta distribuição, Sr. Presidente, não é apenas imprópria da hora que passa; excede ainda o motivo que provocou o despedimento, caso inédito, do nosso ilustre colega, Sr. Alfredo de Sousa, do Ministro do Trabalho, pelo facto do ter feito uma modesta distribuição de 70 contos.

Estou certo, Sr. Presidente do Ministério, que V. Exa., como Ministro das Finanças, não deixará, de animo leve, que por aí fora se murmure sôbre esta distribuição de 274 contos.

Creio que V. Exa. não sancionará estas generosidades.

Eu queria referir-me largamente a êste assunto, o por isso pedi a palavra para antes da ordem do dia, mas, como êsse período foi gasto com a discussão de uma proposta de lei, não me foi possível falar então, motivo por que uso agora da palavra, no período destinado para antes de se encerrar a sessão.

Não é, porém, esta a ocasião de poder alongar-mo nas considerações que tinha a fazer.

Limitar-me-hei, por isso, a estas breves palavras que estou pronunciando.

Mas não ficará aqui esta questão, que é de uma alta moralidade.

Tenho de reconhecer que razão tínhamos nós, Deputados do Partido Nacionalista, quando, na discussão dos duodécimos, pela boca do Sr. Pedro Pita, que