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12 Diário da Câmara dos Deputados

Passou, porém, a oportunidade e, como não desejo agora intervir no debate, eu mando para a Mesa uma declaração cuja publicação peço.

A declaração de voto vai adiante publicada.

São aprovadas as actas, bem como a parte do expediente que fica inserta com. as respectivas rubricas.

O Sr. Presidente: - É com profunda mágua que eu vou fazer uma comunicação à Câmara.

Foram recebidos na Mesa dois telegramas participando o falecimento do Sr. Abílio Marçal.

O Sr. Abílio Marçal teve nesta Câmara um lugar que não pode deixar de ser pôsto em relevo.

Deputado às Cortes Constituintes da República Portuguesa, Abílio Marçal desempenhou desde então ininterruptamente as funções de Deputado da Nação e sempre com uma nobreza do atitudes e uma correcção que o tornaram digno do nosso maior respeito.

O Sr. Abílio Marçal foi também Presidente desta Câmara, lugar que, pode dizer-se, S. Exa. ocupou por direito de conquista.

Jurisconsulto distinto e advogado do nomeada na sua região, S. Exa. desempenhava ultimamente o cargo de director do Instituto da Missão Ultramarinas. E quer neste cargo quer em tantos outros que S. Exa. desempenhou, o Sr. Abílio Marçal soube impor-se pelas suas invulgares qualidades de trabalho e de carácter.

Assim, eu proponho que na acta se lanço um voto de profundo sentimento pela sua morte, e que se encerre a sessão em sinal de sentimento.

O orador não reviu.

O Sr. Almeida Ribeiro: - Sr. Presidente: o Sr. Abílio Marçal, cujo falecimento V. Exa. acaba de comunicar a Câmara foi, de facto, na política republicana alguém que pela sua dedicação às Instituições, pela sua actividade política e pelos serviços que prestou à instituição parlamentar, bem merece que o recordemos e sintamos o seu desaparecimento.

V. Exa., Sr. Presidente, já inumerou as altas funções que Abílio Marçal exerceu nesta Câmara; mas, além disso, impõem-se à nossa consideração os altos serviços que prestou na remodelação do Instituto do Sernache do Bomjardim, cuja obra seria o suficiente, se outros motivos não existissem, para que eu dêsse toda a minha inteira aprovação à proposta por V, Exa. formulada, permitindo V. Exa. que eu acrescente um aditamento para que a Mesa desta Câmara se represente no funeral do malogrado Deputado.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pedro Pita: - Sr. Presidente: às lutas que têm separado os Deputados republicanos alguma cousa há que lhes põe termo. É a morte; perante ela desaparecem todas as discordâncias, o é fácil prestar homenagem a quem a merece. Realmente Abílio Marçal foi uma pessoa que muito trabalhou dentro da República e dentro dela desempenhou os mais elevados cargos de confiança, que êle soube sempre honrar e entre êles o de Presidente desta Câmara.

O Partido Nacionalista associa-se ao voto proposto por V. Exa. certo de que realmente êsse voto é inteiramente merecido.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Sá Cardoso: - Em nome da Acção Republicana associo-me comovidamente às palavras de pesar proferidas por V. Exa.

É justa a homenagem que se está prestando a Abílio Marçal pelas raras qualidades de distinção e pelos altos cargos que ocupou no País, conquistando as simpatias de todos.

Por isso não podemos deixar de nos associar ao voto de V. Exa. com todo o sentimento.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Pinto Barriga: - Sr. Presidente: foi com profunda mágua que me surpreendeu a morte do meu amigo pessoal Abílio Correia Marçal.

Era amigo de minha casa, honrando-a com aquela amizade beiroa tam franca e leal.