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24 Diário da Câmara dos Deputados

um quarto do hora para concluir as suas considerações.

E, a propósito, eu quero lembrar à Câmara que O Sr. Afonso Costa, nossa ocasião, pi crestou a favor da liberdade do falar, como o quando entendesse, e houve até uma sessão em que o Sr. Brito Camacho Be pronunciou também a êste respeito.

Mas eu suponho que S, Exa. dizia pouco mais ou menos o seguinte:

"Falar não é trabalhar".

Ora eu pregunto se para produzir bom trabalho não será preciso, porventura, falar.

A idea era pouco mais ou menos esta, mas eu creio que tenho aqui reproduzidas as considerações de S. Exa. B

O Sr. Brito Camacho, que me está a ouvir, dirá só foi ou não isto que êle disse em 25 de Março de 1908.

Leu.

Portanto, aqui tem V. Exas. uma opinião autorizada, protestando contra tal facto, e dizendo que não sabe se o trabalho em silêncio será ou não mais útil.

Estamos, por isso, muito bem acompanhados, e não precisamos mais do que ir buscar o que disseram os precursores da República.

Sr. Presidente: nós queremos uma discussão ampla do Orçamento, mas não com o intuito de fazermos obstrucionismo, porque nunca o fazemos, usando da palavra apenas durante o tempo necessário para bem justificarmos o nosso voto em qualquer assunto.

Eu sei que a maioria e os Govêrnos adoptam o sistema de não responder aos oradores, mas, mesmo assim, não têm sido mais felizes, porque a Câmara nada tem produzido de útil para o País.

Os orçamentos ainda não foram discutidos, e, por isso, querem agora realizar êsse trabalho de uma maneira absolutamente contrária a todas as praxes, e que é condenável dentro de um regime parlamentar.

Eu ouço dizer aos parlamentaristas incondicionais que aceitam o Parlamento, porque, até agora, ainda não descobriram outra cousa melhor.

Um regime parlamentar é mau quando os homens não são bons.

Sr. Presidente: quero terminar hoje as minhas considerações, e, por isso, resumidamente, vou dizer a V. Exa. e à Câmara, o motivo porque negamos o nosso voto à proposta do Sr. Sá Cardoso.

Em primeiro lugar, o Sr. Sá Cardoso apareceu com a sua proposta na ocasião em que se deu a reunião do seu partido, com fins meramente políticos, e não teve tempo de consultar o Regimento que no seu artigo 86.° expressamente diz...

O Sr. Presidente: - E a hora de encerrar a sessão. V. Exa. deseja terminar as suas considerações, ou ficar com a palavra reservada?

O Orador: - Peço a V. Exa. 11 que me reserve a palavra.

O Sr. Presidente: - A próxima sessão é amanhã, 1 de Julho, à hora regimental, e a ordem dos trabalhos é a seguinte:

Antes da ordem do dia (com prejuízo

dos oradores que se inscrevam):

A de hoje, menos o parecer n.° 300.

(Sem prejuízo dos oradores que se inscrevam):

A de hoje.

Ordem do dia:

A de hoje o interpelações do Sr. Brito Camacho ao Sr. Ministro das Colónias. Está encerrada a sessão.

Eram 19 horas e 30 minutos.

Documentos enviados para a Mesa durante a sessão

Projecto de lei

Do Sr. Carlos Pereira, acrescentando uma alínea ao n.° 1.° do artigo 29,° da tabela de emolumentos judiciais, aprovada pelo decreto n.° 10:291, de 13 de Novembro de 1924.

Para o "Diário do Govêrno".

Pareceres

Da comissão de guerra, sôbre o n.° 945-C, que altera o prazo fixado no artigo 2.° da lei n.° 1:653, de 25 de Agosto de 1924, que torna obrigatória a afixação do sêlo comemorativo da Grande Guerra.

Para a comissão de marinha.