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94 Diário da Câmara dos Deputados

Sr. Presidente: não é crime nenhum da parte de qualquer partido o querer governar, porque foi para governarem o para porem em prática os seus planos que os partidos se constituíram.

A aspiração do qualquer partido querer governar é, portanto, absolutamente legítima.

Sr. Presidente: respondendo à afirmação do S. Exa., relativamente às ambições políticas que eu porventura possa ter, ou direi que não vira a esta Câmara pelo favor do Partido Democrático,

E só da primeira vez que aqui vim foi como Deputado democrático, a verdade é que, quando saí do partido, todos os que pertenciam ao círculo que me elegeu saíram também.

Se todos aqueles que têm sido eleitos, estão nas mesmas condições em que eu me encontro, não tem de agradecer nenhum favor ao Sr. Presidente do Ministério.

Disse aluda S. Exa. que na moção que tive a honra de enviar para a Mesa só encontra, consignado um princípio inteiramente de aceitar, qual é o de que o Govêrno não pode ser exclusivo de um partido.

Sr. Presidente: simplesmente o que se tem dado no País, desde pouco, tempo depois da implantação da República, é e quási que exclusivo do Poder no Partido Democrático.

Apoiados.

Não apoiados.

E se para quem tanta liberdade de voto anuncia é fácil conciliar êsse propósito com o da "arrumação", a que o Sr. Presidente do Ministério fez referencia, eu, Sr. Presidente, já não entendo nada.

Tenho dito.

O orador não reviu, nem o Sr. Presidente do Ministério fez a revisão do seu

O Sr. Carvalho da Silvas - Muito poucas palavras, Sr. Presidente, eu vou proferir.

Apenas as precisas para justificar a maneira por que êste lado da Câmara votará nas moções que V. Exa. vai submeter à apreciação da Câmara.

Somos, Sr. Presidente, inteiramente alheios a todas as lutas de partidos ou de pessoas, lutas que nesta Câmara tara largamente se tem patenteado.

Não nos preocupam em nada absolutamente em nada, as discussões com êsse carácter; o que desejamos, olhando exclusivamente aos interêsses nacionais, está expresso na moção que enviamos para a Mesa.

Entendemos que só um Govêrno nacional, alheio a toda a política partidária, pode convir às necessidades da Nação.

A moção enviada para a Mesa pelo Sr. Pedro Pita não podemos votá-la tal como está.

Votamos a desconfiança ao Govêrno, mas não podemos votar à parte que só refere à confiança ao Partido Nacionalista, porque não temos confiança neste partido como de resto em nenhum outro da República.

Lamentamos a maneira como foi redigida esta moção; se fôr assim apresentada, abstém o nos do entrar na votação, declarando, no em tanto, que votamos a desconfiança ao Governo, negando do mesmo modo a confiança no Partido Nacionalista.

E, para terminar, desejando frisar novamente que somos inteiramente alheios a todas e quaisquer lutas políticas que aqui se têm desenrolado, direi que a nossa atitude é clara.

Não temos nem queremos entendimentos de nenhuma espécie.

A nossa atitude é franca, repito, e desassombrada para que o País inteiro nos possa apreciar.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Fernando Freira: - Sr. Presidente: pedi a palavra, não para produzir, um longo discurso, mas apenas para deixar consignada uma opinião e para marcar, responsabilidades que me pertencem, e que não enjeito nossa hora, como de resto as nunca enjeitei através da minha carreira política na República.

Sr. Presidente: afastado dos trabalhos parlamentares, já há bastantes meses, afastamento que justifico por não concordar com a compatibilidade de funções militares e parlamentares, tenho neste momento de justificar e definir a minha opinião em relação à minha, presença nesta casa e à forma como encaro é momento presente e de que considero o Govêrno: