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90 Diário da Câmara dos Deputados

Câmara já há dias como chefe do Govêrno.

Para quem de direito, tive a incumbência do formar Govêrno o fi-lo nos termos em que o podia, formar, por indicações formais do meu partido.

Desde então para cá, não pode êste Govêrno praticar aqueles actos para que realmente, chamou pessoas para estas cadeiras, porque a todos os instantes se pretende, por processos que o País conhece, empecer a sua acção. E porquê?

Porque alguém tivesse, em virtude de indicações constitucionais, mais direito a estar aqui? Não.

Sr. Presidente: nada tenho com o chamado obstrucionismo do Sr. João Camoesas. E uma pessoa por quem tenho muito respeito e consideração, meu amigo pessoal e político.

Se alguma cousa eu fiz junto de S. Exa. foi solicitar-lhe que abreviasse o seu discurso.

O Sr. João Camoesas (em aparte): - Apoiado.

O Orador: - Sr. Presidente: não tenho demonstrado uma capacidade de ódios, o nem toda a gente pode levantar a cabeça, neste capítulo, como ou,

Não é a primeira vez que alguém se levanta nesta casa do Congresso, em termos encarreiros, impróprios desta Câmara o da categoria do Sr. Álvaro de Castro, para referir a Governos da minha presidência ou a mim actos que nunca pratiquei.

Tenho sempre o sestro de querer ser credor.

Nunca pratiquei um acto ou proferi uma palavra que pudesse deminuir S. Exa. Mas não são as suas diatribes chocarreiras, impróprias da sua inteligência, educação e categoria, que me deminuem os incomodam.

Pelo respeito que tenho pelo Sr. Álvaro de Castro, entendo que S Exa., pela sua categoria moral e mental, devia proceder de outra maneira.

Nunca me dirigi a um Parlamento, que tenho obrigação de respeitar, pelo facto de ter votado uma moção de desconfiança, em termos insultuosos para os seus membros.

Apoiados.

E notem V. Exas. que, quando d Sr. Álvaro de Castro aqui veio, sabendo perfeitamente que estava em minoria, não representando um partido, mas um agrupamento, nunca da minha boca saiu qualquer palavra que pudesse ser considerada deminutiva do seu prestigio.

Eu vejo para aqui porque o Sr. Presidente da República me incumbiu de formar Govêrno. Vim para aqui com um, Govêrno representante de um Partido, e não para degladiar com outras pessoas.

Na apresentação dêste Govêrno ou tive o cuidado do medir as frases que proferi.

Evidentemente que o meu Partido tem os seus organismos próprios, que dão as suas indicações, e, como correligionário obediente, ou obedeci-lhos.

O País terá de reconhecer que as pessoas que aqui se sentam nestas cadeira" têm prestado bons serviços à República, e que continuarão agora a bem servida,

Para que se fez então esto espectáculo triste o desabonador do Parlamento de estar à espreita de ver se entrava mais um ou menos um dos seus membros, para ver se conseguia derrubar o Govêrno?

Encontro-me nesta hora respondendo aos oradores que me procederam, verdadeiramente extenuado, mas, em todo o caso, não deixarei de frisar algumas das frades mais importantes que aqui ouvi proferir.

O meu Partido é o maior agrupamento da Câmara, e, então, numa moção diz-se que o Poder pertence ao segando Partido com maior representação parlamentar?

Que lógica há nisso?

Que processos são êsses?

Diz-se; o Poder há-da ser para nós, porque o queremos.

E isto apesar de não terem condições para isso!

Disse o Sr. Álvaro de Castro que o exército não servia para se meter na política.

Porventura eu já disse o contrário?

Apoiados.

Porventura, em diversas circunstâncias especiais da minha vida, não tenho sempre evitado que se tenham praticado actos tendentes a intrometer o exército em lutas políticas?

Fui já alguma vez acusado de que queria o exército para me elevar?

Tenho tido sempre, Sr. Presidente, a