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Sessão de 16 e 17 de Julho de 1925 89

garém a estar aqui sentado a ouvir cousas que não tora nada com o que se trata.

Sr. Presidente: devo dizer que não tencionava pedir a palavra neste debate, apesar de ter ouvido referências ao meu nome e ao grupo a que pertenço. Tinha formulado no meu espírito a idea de não pedir a palavra, porque não queria perturbar o andamento da sessão. Fui forçado a usar da palavra para desagravar não os outros, mas a mim mesmo, o meu grupo e a minha consciência republicana. E eu apelo para todos os republicanos para que olhem para dentro de si, que olhem para a República e votem segundo as suas consciências. Não me acusa a consciência de até hoje ter praticado qualquer acto que diminua o Parlamento; mas, se o praticar, os meus colegas que me censurem, que eu emendar-me hei, visto que o meu intuito é elevar tam alto quanto possível o Parlamento do meu País.

O discurso será publicado na integra revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. João Camoesas: - Sr. Presidente: respeito a opinião do Sr. Álvaro de Castro, porque estou habituado a respeitar a minha própria opinião, mas em 10 anos de vida parlamentar tenho visto e analisado muita cousa, e V. Exa., Sr. Presidente? é testemunha de que nunca houve da minha parte o menor desrespeito pelo Parlamento; não houve agora nas minhas palavras desprimor, e na minha consciência não me pesa ter magoado qualquer pessoa.

Pode ser que alguém, quando Presidente do Ministério, fôsse incomparavelmente mais desprimoroso para com o Parlamento.

Eu apenas respondi à violência com violência, e quanto à responsabilidade dêsse acto ou posso bem com ela.

As palavras do Sr. Álvaro de Castro não foram justas, tanto mais que em todo o meu longo discurso tudo quanto disse se relacionou com o assunto em discussão, o que provarei quando o publicar.

O Sr. Hermano de Medeiros: - Eu dou de conselho a V. Exa. que é melhor não o publicar.

Risos.

O Orador: - Eu não preciso de conselhos; regulo-me sempre pela minha cabeça,

Apoiados.

Vários àpartes.

O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Agatão Lança: - Peço aos Srs. Cunha Leal e Álvaro de Castro o favor de me darem liberdade de falar o tempo que eu quiser; parece que eu nunca importunei S. Exas. quanto ao tempo dos seus discursos, e quando falei não me arredei do assunto nem o Sr. Álvaro de Castro me chamou à ordem.

O Sr. Álvaro de Castro: - Nem o chamarei. Não é a mim que compete fazê-lo.

O Orador: - Eu falei dentro da ordem, mas o Sr. Álvaro de Castro o que saiu fora do Regimento, pois falou vinte e sete minutos.

Sr. Presidente: eu quero a lei para todos. O Sr. Pedro Pita quis causar-nos: nós procurámos causar o Sr. Pedro Pita.

Ao Sr. Álvaro de Castro, dada a minha consideração pessoal, peço-lhe me diga se proferiu a seguinte frase: "Se os Deputados que apoiam o Govêrno o fazem por interêsses inconfessáveis".

O Sr. Álvaro de Castro (interrompendo). - Não disse qualquer dessas palavras.

Nunca liguei a atitude dos Deputados a cousa nenhuma. De facto falei em interêsses inconfessáveis, dizendo que aqui não era um banco de interêsses inconfessáveis.

O Orador: - Agradeço as explicações de V. Exa. devendo acrescentar que quis mostrar à Câmara que falei dentro da lei e dentro de um direito.

Tenho dito.

O orador não reviu, nem o Sr. Álvaro de Castro fez revisão das suas explicações.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Guerra (António Maria da Silva):- Sr. Presidente: eu apresentei-me a esta