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6 Diário da Câmara dos Deputados

O projecto de lei que apresentei foi redigido a conselho do Sr. Almeida Ribeiro, cujo testemunho invoco neste momento, e foi assinado pelo Sr. Júlio de Abreu e destinava-se a criar para as mulheres condenadas a prisão celular uma situação idêntica à dos homens condenados à mesma prisão, visto que não tem havido deportações.

Afirmo sob minha palavra do honra que é que acabo de dizer é absolutamente verdadeiro e desafio qualquer Sr. Deputado a trazer ao Parlamento o mais pequeno indício que possa comprometer-me.

Mais desafio quem quer que seja que vasculhe na minha vida, no meu escritório, onde lhe apetecer para que possa desmentir, neste assunto, o Deputado António Correia.

O Sr. Francisco Cruz: - V. Exa. dá-me licença?

Há uma cousa realmente curiosa. V. Exa. diz que não é advogado na questão do Rosmaninhal; não afirmo, nem nego. Mas não sendo V. Exa. Deputado pelo círculo, faz-me admirar que se tenha interessado tanto pela questão.

O Orador: O Sr. Francisco Cruz por um sen àparte permite-me que eu revele Inteiramente a verdade de como me encontro nessa questão, é que não fiz já para não fatigar a Câmara com o caso.

Mantenho com o Sr. Dr. Azevedo Gomes, conhecido médico no nosso País pela sua competência e por ser homem do bem, as melhores relações. Foi a pedido de S. Exa.

O Sr. Francisco Cruz (interrompendo): - Um dos interessados na questão!...

O Orador: - Sei apenas que é homem do bem e que conhece muito aquela região pelas caçadas que ali tem realizado, como V. Exa. a conhece. De resto, nesse assunto, que é, pode dizer-se, de interêsse geral para a economia do País, qualquer Deputado pode interferir. Não é admissível a doutrina de que os Deputados só se podem, interessar pelos assuntos que dizem respeito aos seus círculos, porque então mal ia para os interêsses gorais do País.

Sr. Presidente: não querendo alongar mais as minhas considerações e para elas chamando a atenção da imprensa, para que as relate com a maior sinceridade, colocando os factos nos seus devidos termos, devo dizer ainda que nem sequer mo chegou aos ouvidos o que hoje o Século narra relativamente a um comerciante chamado Crouzalez, que eu não sei se é novo ou velho, gordo ou magro, nem onde mora, porque nunca fica com êle.

Desafio qualquer Deputado a, por meio de documentos não baseado apenas no "diz-se", que não representa muitas vezes a voz de Deus nem a do povo, provar que eu tenha tido interferência como advogado ou interêsses particulares nos assuntos que tenho tratado nesta Câmara, e devo dizer que em bem pouca conta têm a sim honra aqueles que tam ao de leve tratam a honra alheia.

Tenho dito.

O orador tido reviu.

O Sr. Presidente: - Continua em discussão o parecer n.° 973.

O Sr. Tavares de Carvalho (para interrogar a Mesa): - Sr. Presidente; não estava em discussão antes disse o parecer n.° 921?

O Sr. Presidente: - Na ordem da discussão está o parecer que indiquei em primeiro lugar.

Continua no uso da palavra o Sr. Tavares Ferreira.

O Sr. Tavares Ferreira: - Sr. Presidente: dizia eu ontem que, embora na minha qualidade do professor, e não devendo mesmo esquecer essa qualidade, razão tivesse para me pronunciar contra a proposta do lei em discussão, nina outra havia que não podia esquece. Efectivamente, esta razão é a de que represento aqui uma das mais importantes regiões do País, a que mais paga para o Estado; o hasta dizer que, sem uma das regiões mais ricas do País sob o ponto de vista agrícola, tem hoje a sua rede de estradas completamente inutilizada.