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Sessão de 7 de Abril de 1913 7

ousará, com certeza, dizê-lo?

Não haja dúvidas, dar-se hia o fenómeno da multiplicação dos peixes. Escola republicana haveria, aprovado que fôsse o projecto em discussão, tal qual vem da outra Câmara, que nos dava a impressão duma verdadeira universidade pelo número ou quantidade de professores ao seu serviço!

Sr. Presidente, está feito o resumo dos pontos principais que frisei, e tendo-se alguêm referido ao espírito de sacrifício, que eu não reconheço naqueles que poderá aproveitar dêste projecto de lei, tal como foi aprovado na Câmara dos Deputados, eu mais uma vez apelo para êsse suposto espírito de sacrifício, a fim de que concorram êsses professores dos centros republicanos, às escolas que estão desertas, e que propaguem o sentimento de dedicação republicana de que não tenho o direito de duvidar.

Entretanto, devo dizer a V. Exa. que conheço professores de centros republicados, pelo menos um caso, que se filiaram mais tarde na monarquia, em posição evidente de dedicados defensores dos princípios dinásticos. Um caso como êste, pouco prova, mas trouxe-o como exemplo, não suceda que amanhã a pessoa visada alegue serviços à República, pelo facto de ter servido em escolas republicanas.

Eu e os meus correligionários do distrito que represento, quantas vezes nos encontrámos em dificuldades para arranjar professores, não para os centros republicanos, mas para os centros da Liga Nacional de Instrução.

E sabe V. Exa. porquê?

Não foi porque a Liga não pagasse razoavelmente melhor que o Estado, pois pagava 24$000 réis, mas porque a Liga tinha atrás de si - diziam os nossos inimigos., e dizem a verdade, para que ocultá-lo nesta hora e neste lugar - "a Maçonaria".

Os professores, assim, provavam que só o medo os afastava da regência de escolas de carácter republicano, embora melhor remunerados que pelo Estado. E porquê?

Porque não existia o espírito de sacrifícios tantas vezes invocado para os de Lisboa.

Ora, se sacrifício houvesse, êsse sacrifício era de considerar muito mais na província do que em Lisboa, por motivos evidentes; em Lisboa os núcleos republicanos, as suas forcas protegiam eficazmente o professor, na província nem sempre os correligionários o podiam, tam fracos os seus recursos, tam pequena, por vezes, numericamente a sua fôrça.

E todavia, forçoso é confessar, se sacrifícios houve, foram não em Lisboa, mas na província. E eu poderia fundamentar a asserção.

O Sr. Nunes da Mata: - Esse argumento é a favor dos professores dos centros republicanos.

O Orador: - Na aparência, assim é.

Seria curioso, como prova de sacrifício alegado, saber quantas vezes os professores dos centros republicanos concorreram às diversas cadeiras oficiais de Lisboa, quando vagas, e a razão por que não foram providos tam preclaros cidadãos. Talvez se provasse que o motivo fundamental fôsse a baixa classificação dos concorrentes!

O Sr. Estêvão de Vasconcelos: - Em nome da comissão de fomento peço que seja agregado a ela o Sr. José de Pádua.

Foi aprovado.

É lida outra

Proposta

Proponho que à comissão para estudo da revisão do decreto de 4 de Maio sôbre contribuição predial sejam agregados os Srs. Tomás Cabreira a Rodrigues da Silva. = Brandão de Vasconcelos.

Foi aprovado.

O Sr. João de Freitas: - Sr. Presidente: requeiro que seja dada por discutida a matéria do parecer n.° 71, com prejuízo dos oradores inscritos, que não sei quem são, nem me importa saber.

O Sr. Ministro do Interior (Rodrigo Rodrigues): - Eu desejava, em nome do Govêrno, dizer algumas palavras.

O Sr. Presidente: - O Sr. João de Freitas ressalva na sua proposta as explicações- por parte do Govêrno?

O Sr. João de Freitas: - Sim senhor.

Foi aprovado.