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4 Diário das Sessões do Senado

Eu como representante da Nação, é que não deixarei passar em julgado tal enormidade.

Nas comarcas de Lisboa e Pôrto são muito frequentes as transacções de grande valor sôbre prédios rústicos e urbanos.

Nas outras comarcas são muito raros. Por isso sou de parecer que a comissão respectiva, que tem a seu cargo rever os decretos publicados pelos diferentes Ministérios, prestará um grande serviço ao país e defenderá a causa da justiça, restabelecendo para as comarcas de Lisboa e Pôrto a tabela anexa ao decreto de 20 de Janeiro de 1898, que representa uma boa retribuição, e que para as outras comarcas seja reduzido a metade o aumento das verbas de emolumentos de, tabela anexa ao decreto de 26 de Abril de 1918. E, se assim proceder, merecerá o galardão dos actos meritórios e o reconhecimento dos povos A exultabent essa humiliata. Continuarei a singrar nas mesmas águas, quando me fôr possível. Tenho dito.

O Sr. José Epifânio Carvalho de Almeida: — Antes de começar a leitura dos documentos que fiquei de apresentar hoje nesta Câmara, devo fazer uma rectificação aos extractos que alguns jornais publicarão acêrca do que eu aqui ontem disse. Declarei que traria à Câmara a prova da existência de capitais alemães na Companhia União Fabril, mas não declarei que podia afirmar ou documentar o monarquismo do Sr. Alfredo da Silva, nem a existência do aparelho de telegrafia sem fios na fábrica do Barreiro. O que apenas disse foi «que era o que por aí se dizia». Feitas estas declarações, que são absolutamente necessárias, passo a fazer a leitura dos documentos a que ontem me referi, a fim de V. Exa. e o Senado poderem avaliar do valor dos mesmos.

Leu.

V. Exas. estão vendo que estas declarações são precisas.

Leu.

Tenho ouvido falar em algumas dezenas de libras; porêm não o posso afirmar por isso que não o sei. E esta urna das declarações que fazem parte de processo que estou lendo à Câmara.

Leu.

Diário das Sessões do Senado

O Sr. Alfredo Monteiro: — V. Exa. ontem fez declarações mais concretas do que as de hoje. Parece-me que está fugindo um pouco.

O Orador: — Estou apenas lendo os documentos a que ontem mo referi.

Leu.

O Sr. Presidente: — V. Exa. tem apenas um minuto para acabar a leitura que iniciou.

O Sr. Severiano José da Silva: — Peço a V. Exa. que consulte a Câmara sôbre se permite que seja generalizado o debate, com prejuízo da ordem do dia.

Consultada a Câmara, resolveu afirmativamente.

O Orador: — Existem nestes depoimentos termos que eu não desejaria usar. Vejo-me, porêm, obrigado a isso por estarem neles, escritos.

O Sr. Alfredo Silva: — Faça favor de ler tudo.

O Sr. Luís Gama: — V. Exa. poder-me há dizer qual a profissão do individuo que faz essas declarações?

O Orador: — Foi guarda livros da Casa Tinoca Limitada.

Leu.

São êstes os documentos a que ontem me referi.

Tenho dito.

O Sr. Alfredo da Silva: — Sr. Presidente: o que ontem se passou nesta Câmara, e de que tive hoje conhecimento pelos jornais, e o ocorrido hoje não tem precedentes na história dêste Parlamento ou de qualquer outro. (Muitos apoiados).

Sr. Presidente: não tenho condições oratórias para bem modelar um discurso; no emtanto vou responder com serenidade às considerações feitas pelo Senador Carvalho de Almeida.

Ao que se vê é esta, Sr. Presidente, a gratificação que se dá em Portugal a um homem trabalhador, honrado e com uma vida cheia de iniciativa, em favor da economia nacional e do desenvolvimento de indústrias fundamentais para o nosso país.