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Sessão de 7 de Dezembro de 1920

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internacional, em que foram postos em jogo os interesses de Portugal.

Para essa conferência, e sob a minha gerência, foram nomeados, como delegados do Portugal, os Srs. Afonso Costa o ex-Ministro das Finanças, Sr. Inocêncio Camacho, de cujo republicanismo julgo que ninguém poderá duvidar, e o Sr. Vi-torino Guimarães, delegado de Portugal, junto da comissão de reparações.

Esses delegados iriam assistidos de técnicos, como os outros delegados de todas as potências.

,;. Seria a esses delegados que S. Ex.a se quis referir?!

Os técnicos nomeados por mini. sob proposta do Sr. Inocôncio Camacho, então Ministro das Finanças, e depois de me terem dito de Paris que eles eram indispensáveis, foram os Srs. António Ma-Iheiros. director geral da Contabilidade Pública, João Ulrich, e o Sr. Adrião de Seixas. director do Banco de Portugal.

O Sr. Adrião de Seixas, por motivo de doença, não pôde sair de Lisboa, calculando eu, como também calculou o Sr. Inocêncio Camacho, que S. Ex.'a era indispensável em Bruxelas. Efectivamente assim era, porque, ao chegar-se a Paris, reconheceu-se que a Delegação não podia funcionar em Bruxelas sem que os três técnicos estivessem nomeados. Ji.ni vista disso, e para substituir o Sr. Adrião de Seixas, nomeei o Sr. Armando Navarro, tambéai alta competência em assuntos económicos e cônsul geral de Portugal em Paris.

Repito : o Sr. Bernardino Machado não se referiu a nomes, mas eu tenho o direito de dizer à Câmara quais foram as pessoas que eu nomeei.

;, Seria ao Sr. João Ulrich que S. Ex.a se quis referir, como inimigo das instituições? Eu não sei quais as convicções políticas do Sr. João Ulrich, nem tenho de as discutir; o que sei é que S. Ex.a é uma capacidade em assuntos financeiros. No Parlamento da República foi recentemente feito o seu elogio, pelo seu elucidativo relatório da gerência do Banco Ultramarino.

Eu posso ainda asseverar à Câmara que o Sr. João Ulrich, em pleno Gover-

no da República, foi o colaborador mais assíduo e, porventura, dos mais competentes que teve o Sr. Brito Camacho, quando Ministro do Fomento do Governo Provisório, e nem por isso decerto S. Ex.a perdeu alguma cousa das suas qualidades de republicano.

O Sr. Rodrigo Cabral: —

O Orador: — ; Para a Conferência do Bruxelas não senhor!

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Se mais alguém foi a Bruxelas não foi como delegado de Portugal, mas como simples particular.

O Sr. Bernardino Machado: —Por mais que eu deseje ser agradável ao Sr. Melo Barreto, eu não posso, deste lugar, dizer cousas que possam ofender qualquer pessoa. Posso falar dos funcionários públicos e exigir-lhes as suas responsabilidades, mas não posso citar nomes, quando apenas se trata de pessoas que eu discuto pelos seus sentimentos políticos, e por mais nada, absolutamente mais nada.

Eu não tenho de saber SP são óptimos ou não. Falo deles simplesmente por não serem republicanos. Mas vou satisfazer V. Ex.a; hei-de pedir novamente a nota de todos esses representantes. S. Ex.a citou os que nomeou, mas não sabe só houve outros.

O Orador: — Que eu os nomeasse, não houve.